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INDONÉSIA

‘Ele não consegue aceitar’, diz defesa de brasileiro condenado à morte

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publicado em 16/01/2015 às 11h39

O advogado do brasileiro Marco Archer Cardoso, condenado à pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia, disse nesta sexta-feira (16) que seu cliente está muito abalado e não consegue aceitar que será executado. "Ele chora muito", disse Utomo Karim. A execução marcada para amanhã foi adiada para o próximo domingo.

Marco Archer é instrutor de voo livre e foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas.

Karim afirmou que Marco está em isolamento e sendo supervisionado por psiquiatras. Segundo o advogado, ele deve se encontrar com uma tia que está a caminho de Jacarta antes de domingo, data prevista de sua execução.

O assessor especial para assuntos internacionais do Brasil, Marco Aurélio Garcia, disse nesta sexta que Dilma conversou com o presidente indonésio, Joko Widodo, que não teve "sensibilidade" para o pedido da presidente.

Além do brasileiro, há entre os condenados um indonésio, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita. Apesar de a Indonésia não ter realizado nenhuma execução durante o ano de 2014, está previsto para este ano o fuzilamento de 20 prisioneiros.

As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo, e contam com o apoio da população. "Com isso (as execuções), mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.

De acordo com jornais locais, as autoridades do país afirmam que já foram preparados “o esquadrão de tiro, um clérigo e médicos”, e que as execuções ocorrerão simultaneamente. A Procuradoria explica ainda que os condenados são avisados da execução com três dias de antecedência para que possam se preparar mentalmente e para que façam seus últimos pedidos.

Se as sentenças forem cumpridas, serão as primeiras execuções do mandato de Widodo, que chegou ao Executivo em outubro do ano passado.

 

G1

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