Inglaterra lamenta fracasso e jornal choca com filho de Rooney

A seleção inglesa de futebol retornou ao país nesta terça-feira abalada com mais um fracasso em grandes competições – talvez seu maior fiasco em todos os tempos. Enquanto jornais estrangeiros não resistiram às brincadeiras sobre o “Brexit 2” – citando que a Inglaterra “deixou a Europa” pela segunda vez na semana – a imprensa local tratou a eliminação para a Islândia, país com pouco mais de 300.000 habitantes, nas oitavas de final da Eurocopa na França, como uma “humilhação”.

O técnico Roy Hodgson, que pediu demissão logo após o vexame, o goleiro Joe Hart e o atacante Wayne Rooney (que teve até uma foto de seu filho de seis anos, chorando, estampada na capa de um tabloide), foram apontados como vilões.

Com um grupo rejuvenescido, a seleção inglesa chegou à França com esperanças de, enfim, fazer um papel digno em uma competição internacional. No entanto, o futebol apresentado nas quatro partidas, especialmente contra a Islândia, foi bastante decepcionante. “Humilhação suprema”, escreveu o diárioDaily Mail em seu site, lembrando que a Islândia é um país menor que a cidade de Leicester, e tratando a derrota como “uma das mais chocantes de todos os tempos”.

O jornal ainda foi impiedoso ao comentar imagens do retorno do elenco. “Algum motivo para rir, Roy?”, questionando um sorriso do treinador demitido na volta à Londres. “Estressado, Wayne? Capitão inglês parece ter perdido cabelo na madrugada depois da humilhaão na Euro”, foi outra manchete, ironizando o implante capilar feito por Rooney. O tabloide The Sun causou ainda mais controvérsia ao estampar uma foto de Kai, filho de Rooney, chorando na arquibancada. A esposa do jogador e mãe da criança, Coleen Rooney, disse que a capa era “absolutamente chocante”.

O The Guardian foi mais condescendente, destacando um artigo que trata a seleção inglesa como promissora, mas considera que Wayne Rooney é parte do passado. Já o diário The Telegraph deu nota aos atletas e elegeu o goleiro Joe Hart, que falhou nas partidas contra País de Gales e Irlanda, como a maior decepção da Inglaterra na Euro.

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