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Seis exposições estão em cartaz na Estação Cabo Branco, em João Pessoa

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publicado em 11/06/2016 às 15h12
atualizado em 11/06/2016 às 12h14

Uma boa opção para o início das férias escolares é visitar as seis exposições que estão em cartaz na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. Em cartaz estão: “Áfricas, Mulheres que realizam, Transmutação, Solidariarte, Trajetável, Homem Objeto, Fibras e Tramas”. A Estação Cabo Branco funciona de terça a sexta-feira das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 10h às 19h. A entrada é aberta ao público de todas as idades.

No primeiro pavimento da Torre Mirante está em cartaz a exposição “Áfricas”, uma coletiva fotográfica que reúne trabalhos de vários africanos, com curadoria de Alberto Banal. A exposição é resultado de pesquisas e viagens à África de Banal. Desde 2004, o artista tem estreita ligação com a cultura quilombola.

A partir de estudos sobre o tema, Alberto Banal viajou à África, onde percorreu seis países: Argélia, Marrocos, Etiópia, Zâmbia, Gana e Senegal. “A cada retorno ao Brasil, voltava com novos conhecimentos a partilhar através de exposições, palestras e seminários”, explicou o artista.

A exposição é dividida em três seções temáticas. A parte biográfica dedicada à linha do tempo do continente, como migração da humanidade para o local, descobrimento, explorações, escravidão, guerras e conflitos. A parte fotográfica traz 305 fotografias de 14 países, resultados da pesquisa do artista. Além de fotos próprias, a exposição conta com fotografias de 36 fotógrafos de vários continentes.

A terceira parte é literária e reúne elementos bibliográficos. Nesta parte há a reunião de 180 livros de 53 autores africanos. Cinco banners explicativos sobre: grupos étnicos linguísticos, línguas oficiais, taxa de alfabetização, escritores lusófonos, escritores francófonos e anglófilos. O artista responsável explica que a ideia de colocar a letra ‘s’ no nome da exposição é para DSCN7139ressaltar a pluralidade de culturas no continente, que resultou na exposição “Áfricas”.

Outra exposição que vem chamando a atenção do público é a da artista plástica Erieta Kogiaridis, intitulada “Solidaridarte – Alice ao Extremo”. O nome da exposição “Solidaridarte” é uma mistura de Solidariedade mais Arte. A mostra coletiva visa divulgar o trabalho da artista Erieta Kogiaridis Ewald. Nela, Erieta e artistas amigos se uniram e puseram todas as obras à venda para contribuir com custos de seu tratamento de saúde.

“Mulheres que realizam demais” também se encontra em cartaz na Torre Mirante. A exposição é de autoria de Selma Chances e trata da arte no contexto social. Nela a artista rende homenagens a homenagem a três grandes artistas plásticas Edlene Lins, Rosilene Garcia e Lúcia França.

“A exposição “Mulheres Que Realizam” foi a forma que encontrei para homenagear e parabenizar a todas as mulheres íntegras que fazem do seu labor uma forma de amar e dedicar-se ao seu próximo com seriedade e respeito. Para isso selecionei três mulheres extremamente íntegras, dedicadas e atuantes em nosso estado, as quais tenho grande admiração e respeito por sua história de vida e seu desempenho laboral”, comentou Selma Chances.

Também no primeiro pavimento da Torre Mirante está em cartaz a exposição “Transmutação” de Raisse Herculano. No espaço expositivo, o visitante vai encontrar obras da artista em cerâmica e pinturas, uma verdadeira mudança alquimia transmutada com personagens em forma de anjo e figuras aladas. Tudo isso aliado aos elementos da natureza, história e tradição cultural.

A curadora geral da Estação Cabo Branco, Lúcia França, comentou que a pintura de Raísse Herculano traz desenhos inspirados na geometria indígena numa rica nuance de cores e tons. “A argila se molda ao toque amoroso da artista e atinge a todos, expressão do seu inconsciente, que encontra a oportunidade de se revelar”, comentou. “Transmutação é a alquimia da pintura e da cerâmica que se rendem ao talento em constante ebulição”, disse Lúcia França, no texto de abertura da exposição.

Estação das Artes

DSCN7047No prédio ao lado da Estação Cabo Branco, na galeria da Estação das Artes, o visitante poderá conferir a exposição Trajetável de André Soares, idealizador do Movimento Catamisto, cuja técnica de pintura cata, mistura o lixo, material em desuso e descarte, transformando­os em arte humanitária. E apresenta os processos criativos e pedagógicos do marketing sustentável que foram traduzidos na sua carreira a partir da entrada da empresa Stampa Outdoor na sua vida, com o objetivo de dar destino às lonas de outdoor, sua maior matéria prima de trabalho.

O tema da exposição surgiu inicialmente na Semana do Meio ambiente de 2014, envolvendo o Governo do Estado e a Secretaria de Educação de Pernambuco, e ganhou logo o formato de oficinas de arte para estimular a reflexão sobre a consciência ambiental das crianças da Escola Engenheiro Lauro Diniz/EREM (escola pública que o artista estudou a sua vida inteira) e da Escola Municipal Ibura de Baixo.

No corredor da Estação das Artes tem ainda a exposição “Homem Objeto”, resultado de um trabalho realizado pelos alunos e artistas que participam do ateliê IMAA (Ilson Moraes Ateliê de Arte). A ideia de trabalhar o tema é trazer a visão de cada artista e relação a este homem com o mundo. É interessante como cada artista se coloca plasticamente concretizando seu pensamento em telas e esculturas.

Dai surgiram as mais variadas obras que dialogam desde o homem pré-histórico, o homem atual, consumista ou consumido, o homem capitalista, o homem tecnológico até chegarmos à memoria do próprio objeto esquecido no passado.

Participam desta exposição os artistas: Ana Viana, Cejane Ramos, Célia Gondim, Claudio Couto, Diana Celestino, Evanice Santos, Gunga Rodrigues, Ilson Moraes, Kátia Silene, Moema Paiva, Rosália Filizola, Silvio Feitosa. A exposição faz parte da programação do Festival de Artes Visuais da Paraíba (FAVI/2016), evento organizado pela Associação de Artistas Plásticos da Paraíba (ASSOCIART/PB).

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