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Inflação tem maior taxa para maio desde 2008

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publicado em 08/06/2016 às 10h08

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, voltou a acelerar e atingiu 0,78% em maio, depois de subir 0,61% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, considerando apenas o mês de maio, esse índice é o maior desde 2008, quando ficou em 0,79%.

No ano, de janeiro a maio, o IPCA acumula avanço de 4,05%, acima dos 3,25% registrados até abril e, em 12 meses, de 9,32%, acima dos 9,28% verificados no mês anterior. Em maio de 2015, o índice havia ficado em 0,74%.

Previsões
A previsão dos economistas do mercado financeiro é que o IPCA feche o ano de 2016 em 7,12%, segundo o boletim Focus. O Banco Central tem informado que buscará trazer a taxa para até 6,5%, que é o teto da meta do governo para a inflação.

Principais pressões
“Característica deste mês de maio é a volta a pressão dos itens administrados que pressionaram a taxa do mês: água e esgoto, remédio, cigarro e energia elétrica. Então, os [preços] administrados foram ‘estrelas’ em maio”, analisou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.

A taxa de água e esgoto, integrada ao grupo habitação, foi o item que mais pressionou a taxa de inflação em maio, em decorrência principalmente pela variação de 41,9% do item na região metropolitana de São Paulo, com o fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água e o reajuste de 8,4% sobre o valor das tarifas, segundo o IBGE.

“Essa pressão [da taxa de água e esgoto sobre a inflação do mês] é uma pressão pontual sim. Foi um fato que aconteceu em São Paulo que fez com que a taxa de água e esgoto se elevasse dessa forma. A gente não consegue [no entanto] isolar o efeito de São Paulo [sobre a taxa da inflação do país]. O que a gente pode dizer é que foi um momento forte em função de uma característica. Se não acontecesse [esse aumento, porém] seria menor a taxa do mês”, ponderou Eulina.

De acordo com a coordenadora, a taxa de água e esgoto foi o principal impacto da inflação na região metropolitana de São Paulo. Contudo, para o país, outros itens também exerceram impacto.

G1

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