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Gadú, do Shimbalaiê ao Guelã

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publicado em 31/05/2016 às 11h08

Lembra aquela menina magrela e tímida que explodiu no mercado fonográfico com o hit ‘Shimbalaiê’? Ela cresceu e está sonoramente bem mais madura . Desde a sua estreia em 2009, com o CD que levava seu nome, Maria Gadú mostrou-se boa letrista com canções como ‘Linda Rosa’, ‘Altar particular’ e ‘Dona Cila’. Mostrou-se uma intérprete capaz e audaciosa com ‘Ne Me Quitte Pas’, ‘A História De Lili Braun’ e ‘Baba’.

O sucesso levou à gravação de um CD ao vivo no ano seguinte. Manteve o nível de boa letrista e de baladas agradáveis em 2011, quando lançou o CD ‘Mais uma página’. Catorze faixas que reforçaram a ideia de artista talentosa, escrevendo e interpretando.

Veio 2013 e Gadú esqueceu a letrista e apostou na intérprete, gravando o CD ‘Nós’. O disco teve participações de Ana Carolina, Gilberto Gil e Milton Nascimento, Sandra de Sá, Caetano Veloso, Chitãozinho e Xororó, Ivan Lins, Eagle-Eye Cherry e alguns representantes do pop adolescente.

‘Guelã’, disco mais recente de Gadú, nos oferece uma artista amadurecida e em novo processo de construção sonora. Músicas que não foram feitas para tocar no rádio. Músicas que privilegiam o instrumental.

O novo CD (produzido pela própria Gadú, saindo pela Som Livre) traz 10 canções em que a voz não é o destaque, havendo faixa em que Gadú sequer canta. O disco, simplista e minimalista, reposiciona a artista em uma nova fase da carreira.
A ruptura é estrondosa. Não há refrões fáceis de cantar nem amores românticos em baladinhas. O disco é muito pop-rock e eletrônico ma non troppo. É um disco denso. Você não vai ouvir as canções desse CD em um luau na praia… Vale a pena! Preste bastante atenção…

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