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Secretário de Saúde revela ameaças de deputado e intimidação de prefeita

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publicado em 29/05/2014 às 16h30

O secretário estadual da Saúde, Waldson Dias de Souza, confirmou, em entrevista exclusiva a ao Portal MaisPB, que realmente sofreu ameaças e intimidação do deputado João Henrique (DEM) e da prefeita de Monteiro Edna Henrique (PSDB) – esposa do deputado, após participar, nesta quarta-feira (28), de entrevista de rádio e visitar alguns órgãos da estrutura estadual na cidade. O secretário teve que deixar a cidade escoltado pela Polícia Militar.

Recentemente, João Henrique rompeu com o governador Ricardo Coutinho (PSB), para apoiar a pré-candidatura do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao Governo do Estado.

A confusão começou quando o secretário de Saúde utilizou uma emissora de rádio local, para rebater o ex-diretor do Hospital Regional de Monteiro, Ranieri Felix, genro do deputado João Henrique, que tinha se pronunciado em carta renúncia, dizendo que o Hospital Regional Santa Filomena (HRSF) não recebia repasses há mais de dois meses e isso teria implicado na acumulação de débitos e na falta de credibilidade do HRSF junto a seus fornecedores.

Durante a entrevista, o deputado começou a ligar para o secretário, mas como Waldson não atendeu, João Henrique mandou mensagens, via telefone celular, em tom de ameaças.

Veja o teor da primeira mensagem:

“Atenda o tel. Sec sem compostura. Aguarde as conseqüências. Dep João Henrique (Sic)”.

Waldson respondeu a mensagem do deputado:

“As conseqüências não pode ser pior do que a que você ja causou ao povo de Monteiro e regiao. Não admito ameacas, mas entendo que não há outro jeito de vossa excelência conduzi as coisas (Sic)”, rebateu Waldson.

João Henrique insistiu:

“Entenda como quiser Ka….,. Aguarde as conseqüências. Sou predestinado e não temo as suas ameaças, nem tão pouco do seu governo. Dep. João Henrique (Sic)”.

Em contato, com a reportagem Waldson ratificou que realmente os repasses foram feitos e se o hospital estava sem insumos, quando o antigo diretor deixou o cargo, foi por “irresponsabilidade dele”. Na entrevista, Waldson convidou Ranieri Felix a fazer um debate, para que tudo fosse mais bem esclarecido.

O secretário afirmou que os repasses estavam em dia e que estavam disponíveis no sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que toda população paraibana tenha conhecimento sobre as irregularidades. Ele acrescentou que vai apurar tudo e levar ao conhecimento da população e da Justiça.

Waldson também que a prefeita do Município de Monteiro, Edna Henrique, foi até a emissora, com um grupo de auxiliares, tirar satisfação, com palavras de baixo calão, e tentar rebater as suas declarações na entrevista. Edna disse desmentiria tudo que o secretário tinha pronunciado na emissora. Waldson disse que preferiu não polemizar com a prefeita e se limitou a dizê-la que suas declarações eram eminentemente técnicas, nada de pessoal contra qualquer um dos ex-gestores do hospital.

Apesar de preferi não polemizar, Waldosn disse a prefeita que está preparado para qualquer coisa, e que ele vai investigar possíveis irregularidades do Hospital Regional de Monteiro. Ele também revelou a reportagem do Portal MaisPB que irá fazer um encontro de contas, da secretaria estadual de Saúde, com a prefeitura municipal de Monteiro.

O outro lado

O deputado João Henrique, por sua vez, disse que o secretário foi a Monteiro recebendo orientação do governador Ricardo Coutinho e quando o mesmo estava na emissora "detratando" a honra do ex-diretor do hospital tentou falar pelo telefone celular, mas Waldson não atendeu. O deputado disse também que sua assessoria jurídica vai mover uma ação judicial contra o secretário.

“Passei uma mensagem ao secretário pedindo que o mesmo atendesse ao telefone, mas ele ignorou, enviei-lhe outra mensagem dizendo que ele iria arcar com as consequências, porque você não pode ir ao uma emissora de rádio chamar as pessoas de mentirosas, sínicas e incompetentes, com fez este inconsequente o secretário. Ele agora vai arcar com as consequências, respondendo a uma ação de calúnia, injúria e difamação”.

MaisPB

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