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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A nódoa do impeachment

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publicado em 11/04/2016 às 00h52
atualizado em 10/04/2016 às 22h05
eduardocunhadinheiro

Melado e desautorizado por graves denúncias, Eduardo Cunha é o ilegítimo num processo legítimo

Se tem uma coisa que os aliados e defensores da presidente Dilma Roussef têm razão é quando, na contraofensiva, alegam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seria o último brasileiro a ter moral para conduzir processo tão delicado e complexo, que é o impeachment.

A presença de Eduardo Cunha, manobrando e fazendo acontecer para se livrar das graves acusações que pesam sobre seus ombros, mela o debate em torno do impedimento da petista. A permanência de um réu ilustre no comando da Casa não faz o menor sentido e tira a seriedade que se requer ao traumático procedimento.

Enquanto o trâmite do impeachment segue em alta velocidade e com pé afundado no acelerador, o processo de Cunha no Conselho de Ética se arrasta, graças às artimanhas dele e de seu pelotão regiamente escalado para usar e abusar de todas as brechas regimentais e impedir o desfecho.

Em tempos de rigidez da opinião pública contra os malfeitos, a leniência e omissão da maioria dos parlamentares são de assombrar. Um poder que se permite à coordenação de um integrante com a ficha corrida de Cunha fica desprovido de autoridade para ser implacável no julgamento de Dilma.

A situação é tão esdrúxula que três em cada quatro brasileiros querem o necessário afastamento de Eduardo Cunha, réu em denúncias já protocoladas no Supremo, de acordo com a última pesquisa Data Folha.

No mérito jurídico e no atendimento ao anseio popular, o processo de impeachment é legítimo, embora existam vozes dissonantes. Mas de uma coisa ninguém tem dúvidas: ilegítimo é o seu condutor.

Missão…
Em Sousa, o empresário Zenildo Domiciano (PSD) quer juntar a oposição: já conversou com Zé Célio e busca diálogo com Fábio Tyrone (PSB).

…Impossível
Tyrone e Zenildo acumulam diferenças pessoais. Fábio não aceita nem discutir retirar candidatura em favor do ex-sócio.

Bola…
O empresário Arthur Almeida, pré-candidato a prefeito de Campina Grande, está convencido: a crise pautará o debate das eleições.

…Dentro
Ele é da tese que a superação passa pelos municípios. “O eleitor quer saber quem tem capacidade para mexer nas economias locais”, diz.

fernandoferreiraPeixe grande
Paraibano de Mogeiro, o empresário Fernando Ferreira (foto) foi o entrevistado de João Dória Júnior, no Show Business, da Band. Ferreira lidera a Ecomar, indústria de pescado que produz 1.500 toneladas e faturamento anual de R$ 100 milhões. Desse total, 23% é exportado para os Estados Unidos. Fernando chegou em São Paulo em 1976. De peixeiro, virou o maior empresário do setor no Brasil.

BRASAS
*Gancho – Inspirado na CGU, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), quer adaptar na Paraíba a campanha “Diga não às pequenas corrupções”.

*Ficha assinada – Licenciado, o deputado Ricardo Marcelo ainda não oficializou em público, mas entrou no rol de novos filiados do PMDB.

*Fiel – Com trânsito direto com o ministro Gilberto Kassab, o deputado Rômulo Gouveia (PSD) segue a deliberação do partido no impeachment.

*Noite gospel – No lançamento da turnê Luz do Meu Viver, o padre Nilson Nunes, atração da Rede Arapuan de Rádios, lotou o Forrock, sábado.

*Do outro lado do mundo – De Hong Kong, o empresário Roberto Cavalcanti, do Correio, assistiu a morte do seu concorrente, o Jornal da Paraíba.

*Sabe quem fez? – A Secom-PB bombou campanha das obras do governo em João Pessoa no rádio, TV e jornal. Uma overdose.

FALA CANDINHA!
Gripe suína
Da janela de casa mesmo, dona Candinha perguntou a Dorotéia por que os políticos brasileiros estão tão parecidos com os porcos. Ela mesma respondeu: “Ambos estão na lama”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
O que a silenciosa Câmara de Conciliação do Ato 5 anda fazendo?

ROBERTO PAULINO ENTREVISTAPINGO QUENTE
“Ele tem usado vários artifícios”. Do ex-governador Roberto Paulino (PMDB-foto) sobre o ‘companheiro’ de partido, Eduardo Cunha.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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