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Walter Ulysses é chef formado no Curso de Gastronomia no antigo Lynaldo Cavalcante em (João Pessoa) e tem Especialização e Mestrado na Le Scuole di Cucina di Madrid. Já atuou em restaurantes de diversos países do mundo, a exemplo da Espanha, Itália e Holanda. Foi apresentador de programas gastronômicos em emissoras de TV e rádio locais e hoje atua como chef executivo na parte de consultorias.

Gastronomia & Política

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publicado em 24/01/2015 às 03h28

Quando houve o surgimento de programas culinários das grandes e poderosas redes de televisão, o Brasil – em especial em nossa Capital paraibana – tem surgido uma vasta indústria de restaurantes e ‘Chefs de cozinha. Isso tudo por conta da mídia e muitas vezes por achismos de altos salários.

Estudando e lendo alguns artigos, encontrei uma reportagem que explica que existem 59.445 anúncios de vagas de emprego na área de alimentação/gastronomia em São Paulo (informação no InfoJobs).

Por que será que aqui muito se fala e pouco se faz? Será que são os baixos salários? Muitas horas de trabalho, falta de capacitação, ou relaxamento dos governantes que fecham os olhos para uma política verdadeira voltada para o turismo?

Com isso, obviamente esperamos uma nova administração nos negócios turísticos e alimentares de nosso Estado. Um forte crescimento nos pilares desta atividade. Com o surgimento do Império Napoleônico, parecia alicerçada exclusivamente na França o crescimento gastronômico. Seria o reconhecimento explícito, ainda que tardio, da multipolaridade da cultura gastronômica moderna no mundo. Ai de nós, meros viventes, sem o empurrão do Império Napoleônico. Teríamos uma catástrofe gastronômica. Mesmo sabendo do mito existente que a França é o berço da gastronomia, mas isso agora não vem ao caso. Em uma próxima coluna, falamos sobre!

Normalmente, para se ter sucesso em algo, é necessário um vasto número de colocações, especialmente neste ramo gastronômico/hoteleiro, que é um fator político do turismo no Estado e nos municípios. Força esta que é de total importância para que se haja um sucesso. Sabendo que o trabalho destas duas políticas juntas não faz milagre quando não se tem ordenamento e capacitação profissional adequada.

Muito próximo de nossa Capital temos, Recife e Natal. Uma mais velha (Recife) do que João Pessoa e outra mais nova (Natal). Por que será que se cresce tanto o turismo dia a dia nelas e aqui não? Falta uma união política que vem da época dos Impérios ou será que o Império ainda existe?

Colocando em miúdos, não há crescimento na área de Hotelaria (restaurantes, bares, hotéis e similares) sem um agrupamento de forças municipal e estadual trabalhando juntas, desenvolvendo projetos de interesse turísticos e tirar esta forma de pensar de um ‘turismo familiar’. Vamos lembrar que existe um Centro de Convenções, mas a falta de hotéis e profissionais capacitados engole todo este grande projeto.

Na verdade, em cozinha como na arte, existem infinitas visões chamadas a enriquecer a cultura culinária. A única verdade é ser você mesmo. Criar um estilo próprio com plenitude e sempre tentar. Se está difícil, continue tentando o seu espaço só depende exclusivamente do seu trabalho, sua força de vontade e dos seus sonhos. O Chef deve ser considerado pela imaginação e perfeição da sua obra, não por sua fonte de inspiração.

Um segundo critério é o que o cozinheiro pretende fazer o estilo que busca construir a sua ‘filosofia pessoal’ conforme declarada.

Estude seus conceitos, deveres e obrigações. Recicle e faça uma mudança na política da sua gastronomia no seu trabalho, assim você será um sucesso!

“O sucesso só vem antes do trabalho no dicionário”.  Einstein

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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