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Calçadas: “Ah, nossas calçadas!”

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publicado em 17/03/2016 às 17h37

Casualmente buscando na internet informações relacionadas à mobilidade urbana no Brasil em razão de um artigo publicado no site da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), deparo-me com uma monografia elaborada por estudantes de arquitetura da Universidade Federal de Santa Catarina sobre a “avaliação da qualidade das calçadas no centro de Florianópolis”.

De pronto me vem à mente os primeiros pronunciamentos do especialista em mobilidade urbana Carlos Batinga ao assumir o cargo de superintendente da Semob-JP: “Nossa primeira prioridade não pode deixar de ser o pedestre, daí termos de adotar ações para que imediatamente as faixas de pedestres já existentes sejam repintadas e outras implantadas, porque o que mais interessa à cidade é a mobilidade humana”. Por óbvio, em uma concepção assim, o pedestre está em primeiro lugar!

A propósito cabe registrar que a Lei Nacional da Mobilidade Urbana inscreve como prioridade os veículos não motorizados, seguidos do transporte coletivo… e só depois vêm os outros meios de deslocamentos, ficando em último lugar o motorizado individual. Da parte do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) o pedestre também lá está inserido como prioridade porque, afinal, tudo deve ter por foco a pessoa humana.

Retornando à monografia, lá está registrado: “Caminhar é o meio mais saudável e natural do transporte urbano. Neste sentido, as calçadas não podem ser ignoradas nos processos de planejamento urbano das cidades e nos estudos de tráfego”.

Quantas vezes já li Gonzaga Rodrigues e Abelardo Jurema reportando-se às nossas calçadas, daí com eles agora repetir: “Ah, nossas calçadas!”.

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