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O prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues, a secretária de Bem Estar Social, Nadjane Almeida, a secretária adjunta, Rute Neri, e profissionais que atuam no CREAS, Conselho Tutelar e no Conselho de Assistência Social do município, participaram nesta quarta-feira (18), de um café da manhã, no restaurante Mangai, em João Pessoa. O evento marcou o ponta pé inicial dos trabalhos do projeto de Combate a Exploração Sexual Infantil, que será desenvolvido em oito cidades da Paraíba, entre elas Alhandra, durante os próximos dois anos.
Durante o evento, a secretária de Bem Estar Social de Alhandra, Nadjane Almeida, assinou o termo de adesão ao projeto. Na ocasião ela que também recebeu um kit com material explicativo das ações que serão desenvolvidas nas escolas, a exemplo de cartazes, folderes e adesivos, falou da importância destas ação para o município.
“Nós temos vários registros de abuso sexual contra adolescentes em nosso município e, a partir desta campanha, tenho certeza de que conseguiremos conscientizar a população para combater de maneira mais eficaz essa prática delituosa que é um crime e precisa ser combatido veementemente”, destacou a secretária. “Com o projeto, vamos intensificar ainda mais o trabalho que já realizamos para levar informação e alertar a população sobre a necessidade de combater a exploração, através da denúncia”, disse a secretária.
No município de Alhandra, o projeto será desenvolvido nas escolas Zélia Correia do Ó, em Alhandra, e na Alfredo José, em Mata Redonda. Em cada uma das unidades, 40 alunos serão contemplados, totalizando 80 estudantes que serão beneficiados com a realização de oficinas e cursos profissionalizantes. Segundo a psicóloga e técnica do projeto, Patrícia Souza, em julho, será feita as inscrições dos alunos e, logo em seguida, as atividades serão colocadas em prática. “A proposta é começar o projeto logo no retorno das aulas”, disse ela. No caso de Alhandra, as aulas recomeçam no dia 07 de julho, após o recesso de férias.
O projeto de enfrentamento à violência e exploração sexual infantil desenvolvido pela ONG Pequeno David, com apoio da maior empresa petrolífera do Brasil, a Petrobras, será realizado em parceria com os oito municípios paraibanos contemplados e tem o objetivo de informar a população sobre a questão e sensibilizá-la a denunciar os casos de exploração sexual.
Segundo Nivaldo Júnior, do CREAS de Alhandra, um dos grandes obstáculos ao enfrentamento da exploração sexual é ainda a omissão da população e a conivência de familiares com quem pratica o ato criminoso. “As pessoas veem aquilo acontecendo, mas não denunciam, muitas vezes porque quem pratica o ato é um membro da família ou alguém próxima à vitima”, afirma Nivaldo, lembrando que Alhandra registrou cerca de 20 casos de abuso sexual contra adolescentes entre janeiro do ano passado até maio deste ano. A maior parte das vítimas tinha entre 13 e 14 anos.
Como denunciar
O Brasil tem alguns canais importantes para denúncias de violações dos direitos da criança e do adolescente, como o disque 100 e o aplicativo para celular ‘Proteja Brasil’, ambos de abrangência nacional. A Paraíba, desde fevereiro, tem seu próprio disque-denúncia, o 123, criado pelo Governo do Estado.
MaisPB com Assessoria
EVENTO - 18/04/2024
