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Gilson Lira é Master Coach e Trainer em PNL com certificações pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), Sociedade Euroamericana de Coaching (SEAC) e Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). Bacharel em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas. Coautor dos livros “PNL para Professores”, “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, “Coaching para Gestão de Pessoas” “Empreendedorismo” e “Bíblia do Coaching”. Atualmente ocupa o cargo de diretor de mercados internacionais da Embratur. [email protected]

Quem não deseja ser bem tratado?

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publicado em 24/11/2015 às 06h29

Eu não sei se você já se deu conta, mas até o final dos nossos dias, querendo ou não, precisaremos conviver com os mais variados tipos de pessoas. E se vamos conviver com elas por todo esse tempo parece-me bastante sensato fazer com que essa convivência seja a mais positiva e a mais harmoniosa possível. Correto?

Não importa que idade você tem e nem em que cidade você mora. Não importa também qual a sua religião ou, até mesmo, a cor da sua pele. Se realmente quiser obter o êxito que tanto almeja na vida, necessariamente, você vai precisar saber como lidar com as pessoas a sua volta; vai precisar saber como ser agradável e positivo com o seu semelhante. Infelizmente, o que se observa nos dias atuais é que muitas pessoas fracassam na vida, simplesmente por não compreenderem essa poderosa verdade.

A propósito, existe uma frase bastante significativa a esse respeito dita pelo teólogo e filósofo espanhol do século XVII, Baltasar Gracián: “Muita gente gasta o seu tempo estudando as propriedades dos animais e das ervas, muito mais importante seria estudar as características das pessoas, com quem temos de viver e morrer”.

Outro dia, enquanto aguardava numa fila, eu ouvia o seguinte comentário: “Minha esposa é muito cabeça dura. Ela nunca me entende. Aliás, muitas vezes eu até preciso falar um pouco mais forte para que ela me ouça”.

Confesso que tive muita vontade de entrar naquela conversa, mas prudentemente me contive. Sendo casado há exatos 14 anos eu sei, por experiência própria, que viver uma relação harmoniosa é, em muitos casos, um grande desafio, afinal, acaba exigindo muito de cada uma das partes. Mas não pude deixar de indagar em pensamento, enquanto ouvia aquele homem reclamando da sua esposa, o que esse sujeito faz para verdadeiramente ser compreendido, o que ele faz para, efetivamente, ser entendido. Será que alguma vez ele agiu com empatia com ela, ou seja, se pondo no lugar da sua esposa? Aliás, será que ele tem buscado efetivamente tratá-la com respeito, estima e dignidade. Ou será que isso só foi válido para o período enquanto eram namorados, para o período enquanto ele a conquistava?

Claro! Não é novidade para ninguém que a esmagadora maioria das pessoas deseja ser muito bem tratada. Concorda? Mas honestamente falando, quantas são as que estão dispostas a tratar bem? Quantas são as que estão decididas a ser empáticas com o seu próximo? Curiosamente, muito poucas. Não é mesmo!

Eu costumo sempre dizer: “Sem qualidade e zelo nas relações pessoais. Sem sucesso e felicidade na vida!”. Essa afirmação pode parecer soar um pouco forte, mas ela é bem verdadeira. Não acredita? Então olhe alguém que você admira e certamente verá um sujeito que sabe tratar bem as pessoas; um sujeito que é verdadeiramente interessado no próximo. Olhe, por exemplo, um chefe bem-sucedido e você verá alguém que igualmente sabe tratar os seus colaboradores com respeito e zelo. Preste atenção num casamento harmonioso e você perceberá que ali existem duas pessoas que se respeitam e se tratam com elegância; duas pessoas que se tratam bem e se admiram mutuamente.

Agora, é importante frisar: Não confunda tratar bem com bajulação, com adulação barata ou “puxa-saquismo”. Isso é algo falso. Aliás, é o tipo de atitude bastante reprovável. E não é disso que estamos falando aqui.

Pois bem, você deseja novos e melhores resultados em sua vida? Então procure melhor gerenciar suas emoções e a qualidade de suas relações, ou seja, aprenda a como, habilmente, lhe dar com esse “bicho” chamado gente. E, da próxima vez que se sentir tentado a ser grosseiro ou descortês com alguém, pare por um segundo e reflita: como eu me sinto quando sou mal tratado? Como eu me sinto quando gratuitamente sou tratado de forma grosseira? Tenho certeza que esses poucos segundos de reflexão o farão pensar e, principalmente, agir diferente. Ah, e não esqueça… ao contrário do que a grande maioria das pessoas imagina, saber tratar o outro com respeito, atenção e cortesia não é apenas uma capacidade nata, é algo que precisa ser desenvolvido e aprimorado dia após dia, igualzinho a qualquer outra habilidade que você já adquiriu.

Finalizo, desejando que você se torne, cada vez mais, um ser humano ainda melhor!

Abraços,

Gilson Lira.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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