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Morte de Ariano é ignorada por Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil

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publicado em 25/07/2014 às 09h36

Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil ignoraram a morte do escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna. No Twitter, Chico e Gil registraram um ano da morte de Dominguinhos, mas nada postaram a respeito do falecimento de Ariano. Caetano preferiu divulgar a turnê de Abraçaço. Nada registraram no Facebook a respeito da internação e do falecimento de Ariano.

Com relação a Caetano, a briga é antiga. Os dois artistas sempre rivalizaram sobre tradição e vanguarda. Entre o nacionalismo de Ariano e a visão cosmopolita de Caetano sempre saíram faíscas. Em entrevista à Folha de São Paulo, no início da década de 90, Ariano criticou o Tropicalismo (movimento que teve Caetano como um dos maiores nomes) e disse o seguinte sobre o baiano ao ser perguntado se gostava dele: “Não, não gosto. Você quer saber o que eu gosto como música? Eu gosto de Villa-Lobos e Antonio Madureira, coordenador do Quinteto Armorial. Gosto de Guerra Peixe. Aí a pessoa vem dizer: mas ele é um grande poeta. Grande poeta brasileiro para mim é João Cabral de Melo Neto, Jorge de Lima e Janice Japiassu, a grande poetisa armorial do Nordeste. Eu não desço daí não. Meu nível é por aí. Bom, pode até parecer um elitismo de minha parte, mas é mesmo. O que a gente queria era procurar uma arte erudita brasileira em todos os campos”.

Última aula-espetáculo

“Eu sei que vou morrer, mas meus personagens ficarão todos com vocês". A frase foi dita por Ariano Suassuna em sua última aula-espetáculo, no teatro Castro Alves, em Salvador (BA), dia 16 deste mês, uma semana antes de morrer. Na capital baiana, está acontecendo o projeto multimídia “Ariano Suassuna – Arte Como Missão”. Até sábado, dia 26, haverá exposição fotográfica e um ciclo de filmes.

A exposição O Decifrador reúne fotografias inéditas, assinadas por Alexandre Nóbrega, que tem uma convivência muito próxima com Suassuna, acompanhando-o nas viagens, com acesso a momentos descontraídos do cotidiano do escritor. O projeto “Ariano Suassuna – Arte como Missão” já passou por Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Recife. E segue, depois de Salvador, para Curitiba e São Paulo.

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