João Pessoa, 25 de janeiro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A deputada federal Luiza Erundina (PSB) está entre os políticos que se afastaram da presidenciável Marina Silva, após as eleições 2014. O fato seria o apoio que a socialista deu ao tucano Aécio Neves no segundo turno das eleições, de acordo com matéria da Folha de São Paulo.
De acordo com a Folha, passados três meses da eleição, a ex-senadora, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, submergiu e viu o núcleo político de sua candidatura se esfacelar. Entre esses afastamentos, os dois coordenadores da campanha, Walter Feldman e Luiza Erundina.
Outra baixa sofrida por Marina Silva, seria na equipe que organiza a fundação da Rede Sustentabilida. Um grupo de militantes rompeu com Marina e agora tenta criar outro partido, o Avante, inspirado no Podemos espanhol.
Parte do isolamento de Marina deve-se à decisão de apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição presidencial, caminho que dividiu os marineiros. Para Erundina, a opção foi “equivocada” e “incoerente”.
“Marina criticava a polarização entre PT e PSDB, mas decidiu aderir a um dos polos. Foi uma contradição com o discurso que ela fez na campanha”, afirma a deputada, que se aproximou dos dissidentes da Rede engajados na organização do Avante.
Erundina também critica o sumiço de Marina, que não compareceu nem às posses de aliados, como a do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Para a deputada e ex-prefeita de São Paulo, quem recebeu 22 milhões de votos em outubro não deveria se omitir no momento em que o governo anuncia medidas impopulares, como o aumento de impostos e o corte de benefícios sociais.
“A Marina está muito silenciosa, muito calada. A conjuntura é grave, mas não ouço ela se manifestar”, critica. “Ela criou a expectativa de que enfrentaria as questões nacionais, mas lamentavelmente a sociedade está sem resposta”, completa.
Marina deve reaparecer em público nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, em ato pela criação da Rede.
MaisPB
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