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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Impunidade

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publicado em 30/09/2014 às 16h18

A reportagem da epidemia de assaltos a postos de combustíveis em Campina Grande, que expôs a Paraíba ao Brasil mais uma vez com fato negativo, não impressiona somente pela informação de que todos os estabelecimentos do gênero na cidade foram violados por marginais, o que isoladamente já seria um fato grave.

O pior – julgo – é a constatação da ausência de investigação minimamente competente para barrar a ação repetida, organizada e ousada dos bandidos, um atestado de falência completa e desaparelhamento dos órgãos responsáveis pela elucidação, descoberta e prisão dos criminosos.

Se assim não fosse, um gerente de posto, como mostrado na matéria, não acumularia em seu arquivo 18 boletins de ocorrência de assalto em três meses, sem que houvesse uma ação que possa se assemelhar ou se chamar de providência da Polícia Civil, cuja atribuição maior é chegar e prender quem ameaça o sossego público.

Assim como em Campina, em João Pessoa são raros os casos dos postos de combustíveis que ainda ousam continuar abertos após o cair da noite. Um sinal inequívoco de que algo não anda bem. A imagem de postos com luzes apagadas e cercados de correntes, em plena Epitácio Pessoa, é sintomática.

Não há como fugir da sensação do descontrole na área dos crimes contra o patrimônio nas duas maiores cidades da Paraíba. Eles não ficam somente nos empreendimentos privados, que devem se cercar de cuidados particulares e não apenas esperar pelo poder público. Chegam ao cotidiano das pessoas assaltadas na rua, na saída do prédio ou na porta da escola.

Repito: não é o número ou o assalto propriamente dito, que impõe, por si só, indescritível sensação de impotência ao homem e mulher de bem. Incomoda mais saber que, além de todos estarmos passíveis dessa terrível experiência, a vítima ainda acumula a frustração de saber que quem lhe fez mal continuará bem e livre por aí.

Lavando… – Não foi nenhum pouco amistoso o colóquio entre o prefeito Expedito Pereira (PSB), de Bayeux, e Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo, no último sábado.

Roupa suja – Prefeito do 4º maior colégio eleitoral, ele foi procurado de última hora e rejeitou ir à carreata do socialista, domingo. Aproveitou pra despejar mágoas de desatenções.

Torneira aberta – O ex-prefeito de Sousa Fábio Tyrone (PSDB) está sendo denunciado ao MP por suposta farra de descontos nas contas de água secretários, vereadores, aliados políticos e parentes. Segundo cálculos do superintendente do Daesa, Fernando Perissé, a bondade estourou na casa dos R$ 8 milhões.

Faltou – Setores proeminentes do PT esperaram por sinalização do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) pró-Dilma, no cenário de segundo turno entre a petista e Marina (PSB).

Contexto – A expectativa tem razão de ser. No segundo turno Dilma/Marina, Ricardo votará com sua companheira de partido. Um apoio de Cássio reforçaria a campanha dilmista.

Torre de… – Afora Pedro Cunha Lima (PSDB) e Wilson Filho (PTB), da chapa federal de Cássio só o ex-ministro e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) vota em Wilson Santiago (PTB).

…Babel – Wellintgon Roberto (PR), Marcondes Gadelha (PSC) e Benjamin Maranhão (SDD) apoiam Zé Maranhão (PMDB). Rômulo Gouveia (PSD) com Lucélio Cartaxo (PT).

Vínculos – Mesmo fora do partido, Santiago contabiliza nessa reta final o apoio de 21 prefeitos do PMDB e de redutos tradicionais da legenda do concorrente Zé Maranhão.

Promete – Os seis candidatos ao governo se encontram pela última vez nos microfones do Correio Debate (Correio Sat FM). Será amanhã, às 12h50, dia do último guia da campanha.

Concorrência – Nos bastidores, candidatos a deputado estadual ruminam notória insatisfação com a presença de três (Bruno, Tovar e Arthurzinho) Cunha Lima na disputa da Assembleia.

Boca miúda – Em Patos, até os bancos da Catedral Nossa Senhora da Guia sabem que a família Motta tem trabalhado nos bastidores pela candidatura do governador Ricardo Coutinho.

Pique – O presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo (PEN), acelera nessa reta final. Em três dias, visitou sete cidades de diferentes regiões. Tem tudo pra superar a votação de 2010.

Missão cumprida – Irreverente, o candidato do PSTU, Antônio Radical, se deu por satisfeito pela sua participação nessa eleição. “Fizemos o nosso papel no processo eleitoral”, avaliou.

PINGO QUENTE “Isso é dor de cotovelo”. Do deputado Tião Gomes (PSL) rechaçando suspeita de superfaturamento na compra do helicóptero da PM, levantada pela oposição.

*Reprodução do Correio da Paraíba.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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