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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Nova fase

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publicado em 30/10/2014 às 22h55

Da participação significativa no resultado da eleição na Paraíba, ninguém duvida ou discute. Passado o pleito e contabilizada sua contribuição à eleição do governador Ricardo Coutinho, o prefeito Luciano Cartaxo se prepara agora para uma nova etapa que exigirá muito tirocínio e jogo de cintura.

Como a Coluna já havia antecipado ainda no primeiro turno, Cartaxo reavalia o tamanho e a qualidade de sua bancada na Câmara. Atualmente, tem 25 vereadores aliados. Uma base inchada, dispendiosa e de pouco retorno prático na defesa da gestão. A maioria sem afinidade com o “projeto” e interessada mesmo na ocupação de cargos.

Na depuração, entretanto, o prefeito precisa se cercar de cuidados e não mandar para a oposição parlamentares com capacidade de construir um grupo de contraponto competente à gestão, coisa que até agora não experimentou e que tem facilitado e muito a vida e a imagem do governo municipal.

No paralelo, Cartaxo deve trabalhar para recuperar forças que lhe foram extremamente úteis em 2012. Prostrar-se totalmente na dependência da aliança com o PSB, do governador Ricardo Coutinho, é pouco recomendável. Estar fortalecido, inclusive, é um antídoto para brecar surpresas.

Mas, concentra-se na administração o principal desafio e olhar de Luciano. Ele parece estar convencido de que muito mais importante que alianças e a base robusta na Câmara é a força de uma gestão bem avaliada e referendada pelo crivo da população pessoense.

Colocar em prática e transformar em realidade as grandes intervenções anunciadas – como a obra da Lagoa e as ações de mobilidade urbana – são os caminhos a serem percorridos por Cartaxo. Até porque uma coisa (gestão) puxa a outra (apoio). Quem não gostará de estar ao lado de um prefeito aprovado pela cidade?

Não dá mais… – “Nosso feeling político mostrou que nós estávamos certos”, disse Cartaxo, referindo-se aos muitos aliados dissidentes de sua orientação. Na Câmara e no secretariado.

Pra segurar – O prefeito sinalizou para o fim de sua cota de tolerância: “Eu acabei respeitando, mesmo colocando meu ponto de vista. Alguns preferiram seguir um outro caminho”.

“Cori” na FPF – Um grupo de desportistas de João Pessoa trabalha para convencer Coriolando Coutinho, irmão do governador, a colocar seu nome à disposição na disputa pela presidência da Federação Paraibana de Futebol. “Cori” é visto como o único capaz de chutar pro escanteio o grupo da ex-presidente Rosilene Gomes.

Pretendente – Sem mandato a partir de 2015, o deputado Ruy Carneiro (PSDB) espera ocupar o espaço vazio na oposição na Capital, pós-aliança PT/PSB. De olho em 2016.

Expectativa – O PMDB espera chamado de um deputado pro governo. Olenka Maranhão, primeira suplente, voltaria à Assembleia. Gesto que agradaria também a Zé Maranhão.

Vai… – Apesar de ter votado no governador Ricardo Coutinho no segundo turno, o deputado Frei Anastácio (PT) não se sente na obrigação automática de ir pra base do governo.

…Depender – O frade alega ter seguido uma orientação nacional do PT no voto em Ricardo, a quem combateu ardorosamente por quase quatro anos. Virar governista é outra reza…

Crescimento – O Sistema Correio continua em ritmo de expansão. Inaugura amanhã, às 10h, nova rádio: Correio do Agreste FM, a 14ª emissora do grupo a entrar em atividade na Paraíba.

Afinados – Fortalecido pelo desempenho na campanha, o secretário Luís Tôrres tem sido auscultado pelo governador Ricardo Coutinho na pretensa reforma administrativa.

Peneira – O grupo Vital autorizou uma “depuração” de figuras do seu entorno. A ordem: só fica por perto quem efetivamente pode contribuir ao fortalecimento do projeto político.

Via twitter – Ex-adjunto da Funjope, André Coelho soltou fumaças pelas ventas ontem nas redes sociais contra Maurício Burity, titular da Secretaria e seu ex-colega de trabalho.

Recadinho – “O ‘competente’ Maurício Burity insiste em tentar me prejudicar. (…) Será que precisaria participar a Luciano Cartaxo os motivos?”, indagou em tom irônico.

Abacaxi – Continua nas mãos do promotor José Raldeck a tarefa da investigação da denúncia da apreensão de dinheiro supostamente destinado à propina a secretários estaduais.

PINGO QUENTE “Vou sentar logo aqui antes que Manoel Júnior chegue”. Do deputado Lúcio Vieira (PMDB-BA), ao chegar brincando à sala da Liderança do PMDB, pretendida pelo deputado paraibano.
 

*Reprodução do Correio da Paraíba.

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