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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A dor de cabeça do PT

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publicado em 10/05/2010 às 18h23

O presidente estadual do PT paraibano, Rodrigo Soares, vai ter que se esforçar muito para não ter que carregar consigo o ônus de não ter conseguido fazer o partido figurar na chapa do PMDB de José Maranhão.

Se não tiver cuidado, Rodrigo pode ser acusado pelas tendências rivais de ter entregue o PT ao governador José Maranhão e sacrificado a maior liderança da legenda (Luiz Couto) em troca apenas de pavimentar a própria eleição para a Câmara Federal.

Esse tipo de acusação interna para uma liderança em ascenção como Rodrigo tem um peso muito negativo entre a militância. Rodrigo sabe que pode pagar esse preço e por isso corre para tentar minimizar os estragos, principalmente depois da desistência de Luciano Cartaxo do páreo.

A tarefa de Rodrigo agora é tentar convencer Luiz Couto a participar da chapa na condição de candidato a senador com quase nenhuma possibilidade de vitória. Uma tarefa muito complicada, sobretudo em virtude da virulência de Couto contra Maranhão.

O PT vive sua maior dor de cabeça. É uma noiva cobiçada, mas sem dotes eleitorais para convencer o noivo sobre a viabilidade do casamento político.
 

Sem Luciano, resta brigar por um espaço na senatoria. O problema é que com exceção do padre Couto não há nomes com bagagem suficiente para figurar na chapa. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Documento secreto – Causou frisson no seio petista a divulgação feita com exclusividade pelo portal Maispb de documento elaborado por um militante do partido apontando Guilherme Almeida (PSC) como o provável vice do PMDB.

Adesão – A mágoa dos aliados mais próximos de Cícero com o ex-governador Cássio Cunha Lima parece superar o esperado. O primeiro a externar o ressentimento foi o irmão do tucano, o ex-prefeito de São José de Piranhas, Paulo Lucena, que aderiu ao governador.

Arranhões – A tarefa do deputado estadual Ruy Carneiro era trabalhar para pelo menos manter a amizade entre as famílias Cunha Lima e do senador Cícero Lucena. Pelo que se sabe, a relação ficou estremecida apesar dos esforços do deputado tucano.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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