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Vendas de veículos novos caem 22,4% em julho no país, aponta levantamento

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publicado em 01/08/2015 às 10h27
atualizado em 01/08/2015 às 07h28

As vendas de veículos novos no Brasil caíram 22,4% em julho – até a última quinta-feira – na comparação com o mesmo mês do ano passado, mostram dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Com o resultado, os emplacamentos acumulam retração de 20,9% em 2015 até agora, recuo maior do que o de 20,7% registrado até junho, o que contraria a expectativa de entidades da indústria automotiva de início de recuperação das vendas no segundo semestre no ano.

De acordo com dados do Renavam, nos 21 primeiros dias úteis de julho, foram emplacados 215.100 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no país, volume 1,2% superior aos 212.500 vendidos em igual período de junho, mas inferior às 277.500 unidades licenciadas nos 22 dias úteis de julho do ano passado.

Com isso, de janeiro a julho, as vendas de veículos novos somam 1,5 milhão de unidades, 406.000 unidades a menos do que o total emplacado em igual intervalo de 2014, o equivalente a quase dois meses de vendas, no atual ritmo do mercado.

Setores – O pior desempenho entre os segmentos do setor continua sendo o de pesados. Em julho, foram vendidos 6.200 caminhões, quantidade praticamente igual a de junho, mas 46,9% menor do que no mesmo mês do ano passado. Já os emplacamentos de ônibus caíram no sétimo mês do ano tanto na variação mensal (-5%) quanto na comparação interanual (-38,8%), ao totalizarem 1.390 unidades. A venda de automóveis e comerciais leves, por sua vez, somou 207.500 unidades, alta de 1,2% ante junho, porém recuo de 21,2% frente um ano atrás.

Mercedez – A Mercedes-Benz vai interromper toda a produção de caminhões e ônibus na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, pela segunda vez num prazo de 20 dias. A montadora anunciou ontem (31) que dará licença remunerada aos 7.000 trabalhadores da produção entre os dias 7 e 21. Esse mesmo grupo de funcionários retornou de férias coletivas de 20 dias na semana passada. A empresa informou ainda que deverá promover demissões a partir de 1º de setembro.

A montadora alega ter 2.000 trabalhadores excedentes, de um total de 10.000 (250 deles já estão em lay-off). Sem detalhar números, afirmou que “está em estudo um ajuste no nosso quadro de colaboradores horistas e mensalistas”. A Mercedes está com um programa de demissão voluntária (PDV) aberto desde o dia 14, com encerramento previsto para daqui duas semanas. Segundo fontes, a adesão, por enquanto, é baixa.

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