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Menina esquecida em aeroporto não vai mais viajar sozinha, diz mãe

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publicado em 29/07/2015 às 11h06

A menina de sete anos que perdeu um voo no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no último dia 19, após um funcionário terceirizado da companhia aérea TAM deixá-la no portão de embarque errado, não vai mais viajar sozinha. A mãe da garota, Carolina Petter, explicou que tanto ela quanto a filha concordaram com a decisão.

“Não vai ser muito bom porque nós viajamos muito, já que os avós dela moram em João Pessoa. Mas nem eu nem ela queremos mais”, comentou.

Na volta para São Paulo, na próxima semana, a menina vai viajar acompanhada dos avós. A viagem em família, porém, já estava planejada mesmo antes do incidente com a TAM, segundo Carolina.

Depois de a criança ser esquecida pela companhia aérea, o avô dela saiu da Paraíba especialmente para acompanhá-la no voo que deixou a capital paulista no dia 20. A menina chegou a João Pessoa por volta das 3h do dia 21.

A TAM admitiu que houve uma falha no processo de embarque, mas nega que a passageira tenha ficado desassistida, como relata a família.

Carolina Petter contou que, após a falha no embarque ser relatada em diversos veículos de comunicação, a família recebeu um tratamento diferente por parte da empresa. “Fomos recebidos por alguns diretores e gerentes, que se desculparam e me entregaram uma carta da presidente. A companhia nos acompanhou o tempo todo. Enfim, procedimentos corretos para quem cometeu um erro. Estão no papel deles”, disse.

Segundo a mãe, a companhia se ofereceu para pagar a passagem do pai dela, mas a família negou, porque a passagem já havia sido comprada. O voo que levou a garota para o Nordeste aconteceu 35 horas após o horário do voo original. A família afirma que uma funcionária da TAM propôs um outro voo no mesmo dia em que a menina viajaria inicialmente com o escala no Rio de Janeiro, opção rechaçada pelos pais.

Sozinha
Segundo Carolina Petter, ela e o pai da garota, Felipe Caselli, pagaram R$ 100 à TAM logo após o check-in no aeroporto de Cumbica, para que a filha deles fosse acompanhada.

Um funcionário da TAM, que também faria o auxílio de uma senhora e uma pessoa com deficiência, passou a acompanhar a criança perto das 11h20, segundo o casal. O voo estava marcado para às 11h55. Carolina contou que ficou nervosa ao ver o funcionário questionar a criança se ela iria para Salvador. A mãe respondeu que era para João Pessoa e decidiu permanecer no aeroporto para se certificar de que a filha tinha embarcado.

Já no horário do voo, uma atendente relatou aos pais ter visto no sistema que a criança já estava dentro do avião. A mãe resolveu, no entanto, mandar uma mensagem por celular para se certificar de que estava tudo certo com a filha, mas achava que não receberia resposta porque a criança já estaria dentro da aeronave. A menina respondeu: “estou esperando o moço voltar”.

Depois, ao perceber que havia perdido o voo e estava sozinha, a menina começou a chorar na sala de embarque. Por telefone, o pai precisou instruí-la a pedir informações para chegar ao check-in da TAM.

“Fazia um mês que eu estava falando que iria dar tudo certo para minha filha: que um atendente iria cuidar dela, que ela não precisava ter medo. No final nada deu certo”, disse a mãe, Carolina Petter. Segundo ela, a família estuda entrar com uma ação contra a empresa aérea.

cartao_de_embarque

Veja abaixo a nota da TAM:
A TAM esclarece que em relação ao tema da menor desacompanhada, com voo programado para o  domingo 19/7 (JJ 3356 – Guarulhos/São Paulo – João Pessoa), houve uma falha no processo de  embarque da menor, ocasionando a perda do voo.

No entanto, a companhia reforça que a menor não  deixou de ser assistida por um funcionário da TAM.

A TAM esteve em contato com a família para manifestar sua solidariedade e prestar a assistência necessária.

G1

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