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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Gato escaldado

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publicado em 29/07/2015 às 08h40

A oposição em João Pessoa não pode cometer o mesmo erro da oposição estadual em 2014. Diante do impasse da aliança do governador Ricardo Coutinho e do senador Cássio Cunha Lima, todos os partidos do bloco oposicionista, PMDB e PT, especialmente, ficaram paralisados.

Negavam, mas não davam um passo antes de esperar o desfecho dos abalos na parceria do socialista e do tucano. Estimulavam o rompimento achando que o grande prejudicado seria Ricardo Coutinho – principal alvo a ser abatido – pelo pressuposto da divisão do bloco governista.

Veio o fim dessa relação, como se presumia, e o que se sucedeu, posteriormente? Cássio engoliu rapidamente a oposição, personificada à época pela pré-candidatura do PMDB e os ensaios do tal Blocão (PT/PP/PSC e PEN). Sobrou a esses partidos escolher um dos dois e, no máximo, a posição de coadjuvantes.

Em João Pessoa, o fenômeno parece se repetir. O suspense da vez gira no palco da aliança PT/PSB. A oposição dá como certa a iminente fissura e faz figa para a concretização das previsões, calculando o enfraquecimento do prefeito Luciano Cartaxo e a conseqüente abertura de espaço para novas opções.

Como da parte de alguns há dificuldades de convivência tanto com o PT quanto com o PSB, como é o caso mais emblemático do PSDB, cabeças mais precavidas querem se adiantar e fugir da dependência dos resultados dos (des)entendimentos entre Cartaxo e Ricardo Coutinho.

Na tarefa de fazer o dever de casa, vislumbram a possibilidade da construção de uma terceira candidatura consistente e com capacidade de transitar paralelamente aos segmentos petista e socialista. São estimulados pelo histórico de 2012, quando João Pessoa se dividiu entre quatro fortes candidaturas. Para surpresa de muitos, a mais desacreditada delas bateu todas as forças tradicionais.

 

Pegando…

Bastou o deputado Doda de Tião (PTB) ensaiar candidatura, para o deputado Manoel Ludgério (PSD) acusá-lo de tentar boicotar ações do Estado em Queimadas e região.

…Fogo

Pra quem não sabe, a cidade de Queimadas é base eleitoral de ambos. Antes do petardo, Ludgério mandou mensagem por celular tentando armistício com Doda. Sem sucesso.

 

Alta temperatura

Um dia após a publicação nacional das denúncias de improbidade administrativa e desvios de recursos feitas por Renan Trajano, ex-tesoureiro da gestão Veneziano, a Câmara ferveu, apesar do clima ameno de dois dias de chuva na cidade. “Campina está perplexa”, exclamou João Dantas (PSD), autor de pedido de CPI para aprofundar  as investigações dos fatos na Casa.

Cruz, credo

Até a Câmara entrou na roda, já que Renan sugeriu a existência de mesada paga pelo então prefeito. Desconfortáveis, a maioria dos vereadores repeliu a sugestão de Dantas.

Tô fora

Eu não assino, não vejo motivos para isso”, avisou, de pronto, o vereador Nelson Gomes Filho (PRP), ex-presidente da Câmara Municipal, nas gestões de Veneziano.

 

Nitroglicerina

Procurador jurídico do município, José Mariz considerou muito graves as acusações feitas por Renan contra o governo anterior. “Realmente impressiona”, asseverou.

 

 

Telefonema

O deputado Veneziano Vital (PMDB) contactou a Coluna pra esclarecer. Não foge do cerne da denúncia, mas contesta seu autor, Renan Trajano, por ser uma fonte “abjeta”.

Holofote

A possibilidade de ascensão do procurador Eitel Santiago voltou a ser tema da imprensa nacional. Ele foi mote da coluna de Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo.

Ufa!

Comitiva de autoridades paraibanas foi à reunião no Rio de Janeiro e conseguiu frear a Transpetro da ameaça de extinção da cabotagem no Porto de Cabedelo. Uma vitória.

PINGO QUENTE

“Isso mancha o nome da Casa e dos vereadores”.

Do presidente da Câmara de Campina Grande, Pimentel Filho (Pros), sobre as denúncias, de Renan, envolvendo parlamentares.

* Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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