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Gilson Lira é Master Coach e Trainer em PNL com certificações pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), Sociedade Euroamericana de Coaching (SEAC) e Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). Bacharel em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas. Coautor dos livros “PNL para Professores”, “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, “Coaching para Gestão de Pessoas” “Empreendedorismo” e “Bíblia do Coaching”. Atualmente ocupa o cargo de diretor de mercados internacionais da Embratur. [email protected]

E por que não?

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publicado em 22/07/2015 às 16h00
atualizado em 22/07/2015 às 13h01

Albert Einstein, o físico teórico alemão que desenvolveu a teoria da relatividade geral, certa feita falou: “O importante é não parar de perguntar”. Para o prêmio Nobel de Física, no ano de 1921, a curiosidade tem motivo próprio para existir.

Não é mais novidade para ninguém que os indivíduos empreendedores e pessoas tidas como inovadoras possuam uma capacidade mágica de sempre se fazerem perguntas poderosas e inteligentes. A propósito, existe uma dessas perguntas, atém bem simples, mas que pode fazer uma enorme diferença em sua vida. E que pergunta é essa? É a seguinte: “E por que não?”.

Esse tipo de pergunta é poderosa, justamente, porque ela muda a direção do nosso foco, ou seja, ela remete o nosso processo mental para a busca de solução. E eu diria mais: todo o progresso humano é precedido por perguntas novas. Duvida? Então vejamos alguns exemplos que ilustram muito bem isso.

Thomas Edison, um dos precursores da revolução tecnológica do século XX, se perguntou: “E por que não criar um dispositivo que transforme energia elétrica em energia luminosa?”. Pronto. Após um infindável número de testes, ele finalmente conseguiu viabilizar a lâmpada incandescente comercializável – vale registrar que, desde o início do século XIX, vários inventores tentaram construir fontes de luz à base de energia elétrica e não obtiveram sucesso. Um contemporâneo de Edison, Henry Ford, ao se encantar com o automóvel, igualmente indagou: “E por que não produzir em massa e a baixo custo esta fantástica máquina?”. Nasceu então o ‘Ford Model T’. Além de ser um carro extremamente simples de dirigir, ele possuía uma manutenção baratíssima. Isso fez com que, por volta de 1918, metade dos carros na América do Norte fossem ‘Modelos T’.

O tempo passou e Raymond Alexander Kroc – ou ‘Ray Kroc’, como é mais conhecido – também se tornou milionário perguntando-se: “E por que não fazer como Henry Ford e colocar o hambúrguer ‘na linha de montagem’?”. E foi o que ele brilhantemente fez. Cada hambúrguer deveria ter exatamente a mesma quantidade de carne e as mesmas duas rodelas de picles. Com isso Kroc conseguiu atender em suas lanchonetes mais rapidamente e a um maior número de pessoas. O tempo passou e a companhia conhecida por seus arcos dourados no formato da letra ‘M’, tornou-se a maior empresa de serviço rápido de alimentação do mundo.

Outro inventivo empreendedor americano que igualmente fez uso do poder das perguntas inteligentes foi Steve Jobs. Jobs notabilizou-se por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicações digitais, como bem salientou seu biógrafo, Walter Isaacson. Chego a imaginar Steve se dirigindo a sua dedicada equipe e falando: “E por que não criarmos um dispositivo que facilite sobremaneira a forma como nos comunicamos?”. Não demorou muito para que ele apresentasse ao mundo um equipamento revolucionário e, principalmente, de muito fácil manuseio. “Hoje, a Apple vai reinventar o telefone”, disse ele exultante. O inovador smartphone da Apple com tela de 3,5 polegadas e sensível ao toque fazia muito mais do que os mais modernos telefones da época: era possível enviar e-mail, acessar a internet, ouvir músicas, tirar fotos, entre tantas outras novidades. A partir daquele instante, o iPhone passava a fazer parte de nossas vidas e Steve Jobs consolidava, em definitivo, a Apple.

Esses são apenas quatro exemplos de personalidades que fizeram uma enorme diferença em suas próprias vidas e nas das gerações futuras ao se questionarem previamente: “E por que não?”. A propósito, Anthony Robbins, que foi o principal responsável por popularizar a PNL no mundo, sempre fala que novas respostas decorrem de novas perguntas. Ele também argumenta que se desejamos mudar a qualidade de nossas vidas, devemos mudar aquilo que habitualmente perguntamos a nós mesmos e aos outros. Portanto, que pergunta fortalecedora você poderia se fazer agora mesmo para desafiar um problema que está enfrentando? Que pergunta nova você poderia fazer a si mesmo para obter novas respostas que possam melhorar sua vida hoje?

Não se esqueça: “Uma simples mudança nas perguntas que você faz habitualmente pode mudar e mudará profundamente a qualidade de sua vida”, como bem enfatizou Robbins.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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