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Faixas para os ônibus

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publicado em 17/11/2010 às 11h28

A STTrans (Superintendência de Transporte e Trânsito de João Pessoa) está implantando novas faixas exclusivas para os ônibus do transporte coletivo desta capital, ampliando, portanto, a experiência que estava restrita tão só ao anel interno do Parque Solon de Lucena. E isto caracteriza, sem dúvida, uma clara ação de priorização do transporte coletivo relativamente ao transporte individual, mesmo que represente apenas um pouco do muito que precisa ser feito.

Sabemos, entretanto, que uma medida como essa, que já está presente nas principais cidades do mundo, sempre recebe reação por parte especialmente de algumas pessoas condutoras do automóvel, este preponderantemente usado para o transporte individual Em seus contrapontos, mais enfatizam não poderem ou não ser justo deixarem o automóvel na garagem se o transporte coletivo não se encontre no padrão de qualidade por eles aspirado, contemplando, pois, também, o conforto (em que o ar condicionado é, em nosso caso, a principal reivindicação) e a pontualidade.

Estivemos neste final de semana na cidade do Rio de Janeiro, de onde, aliás, escrevemos este texto, depois de igualmente visitarmos a cidade de Campos (dos times Goitacaz e Americano), cidade de população quase igual a João Pessoa (daí nossa visitação no foco do transporte coletivo).

No Rio participamos de um evento (congresso e feira de transporte) em que o tema principal foi a implantação de BRTs (vias exclusivas para os ônibus), cujas referencias mais destacadas, aqui no Brasil, são Curitiba, Porto Alegre e Goiânia.

Curitiba experimentou seu primeiro corredor exclusivo para os ônibus há 36 anos. Aqui em João Pessoa ainda estamos falando de faixas exclusivas. Mas, no Rio – metrópole sobre a qual muitos pessoenses fazem referência destacando que os ônibus têm ar condicionado, atente-se que são ônibus opcionais cuja tarifa preponderante é de R$ 3,70, chegando até aos R$ 6,00.

Nos ônibus convencionais a tarifa está em R$ 2,40, havendo, para quem o desejar, o bilhete único (carioca) de R$ 4,00 para o uso de mais de um transporte coletivo em um tempo de duas horas e pelo qual o governo está contribuindo, mensalmente, com cerca de 12 milhões como subsídio.

Quanto à pontualidade nas viagens, a deixar-se os ônibus concorrendo com os mesmos espaços do transporte individual, não há como evitar que eles também fiquem presos nos congestionamentos e, conseqüentemente, sem cumprirem seus percursos nos horários previstos. As faixas exclusivas, neste primeiro momento, constituem questão lógica!
 

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