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No “Correio da Manhã”

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publicado em 22/11/2010 às 16h04

Muitos ou todos nossos leitores sabem que “Correio da Manhã” corresponde ao programa radiofônico do Sistema Correio de Comunicação, gerado a partir de João Pessoa através da FM 98, comandado pelos jornalistas Marcelo José e Lenilson Guedes, das 6 às 8 horas.

Face sua grande audiência, é natural que muitos ouvintes recorram ao “Correio da Manhã” para fazer suas sugestões, alguns elogios e principalmente reclamações, na percepção de que suas vozes estarão sendo ouvidas pelas pessoas às quais elas mais objetivamente se dirigem.

Sexta-feira passada, dia 19, um dos ouvintes ligou para o “Correio da Manhã” e, no ar – claro – reclamou do transporte coletivo urbano de João Pessoa quanto ao que chamou de desrespeito por parte das empresas operadoras desse serviço em relação aos portadores de deficiência física, obesos e mulheres gestantes. Argumentou que essas pessoas estariam sendo humilhadas por terem acesso ao ônibus através da porta dianteira e precisarem ir até onde se encontra o cobrador para pagar a passagem.

De minha parte, liguei para o programa e me foi dada a oportunidade de esclarecer, em nome das empresas operadoras do transporte coletivo urbano (porquanto eu na condição de diretor executivo da AETC-JP), que aquela reclamação não estaria completamente coerente, vez que os portadores de deficiência física têm “Passe Livre”, ou seja, não precisam deslocar-se até ao cobrador por não terem qualquer passagem a pagar.

Em seguida, um outro ouvinte (mais exatamente uma ouvinte) reiterou o sentimento que tinha quanto a esse desrespeito, tendo em vista que fora informada por seu filho (uma pessoa obesa) de que se sentira constrangido no ônibus ao passar pela roleta, em uma dificuldade tal que o cobrador ter-lhe-ia empurrado para forçar essa passagem.

Logo após o programa consegui nova ligação com o Sistema Correio de Comunicação e pude falar com o jornalista Marcelo José (aí, não mais dentro do programa, óbvio), tendo-lhe dito lastimar que aquele passageiro tivesse optado em passar pela catraca, quando lhe é permitido ter acesso ao ônibus pela porta dianteira. Imaginei tratar-se de uma pessoa que só raramente use o transporte coletivo e, como que inadvertido, tivesse se dirigido pela catraca, pensando que não lhe fosse dada outra alternativa de acesso!

Imaginemos, como avaliação do transporte coletivo de João Pessoa, que o maior problema de acessibilidade estaria em relação aos cadeirantes. Para este segmento já existem 128 ônibus com elevadores, realizando, pois, cerca de 36 mil viagens/mês, enquanto o maior número de utilização desses elevadores, ao mês, só alcançou 120 vezes!

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