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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A posição do PT

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publicado em 13/12/2010 às 16h08

O deputado estadual Rodrigo Soares é um dos quadros mais capazes e articulados do PT da Paraíba, mas perde a razão quando arranja argumento frágil para justificar a posição de oposição ao futuro Governo.

Dizer que o PT deve se manter na Oposição a Ricardo pelo fato do PSB ter alianças com "inimigos de Lula e Dilma" é discurso que não pega.

Ora antes de ter Cássio Cunha Lima (PSDB) e Efraim Morais (DEM) na lista de apoiadores, o PSB votou na candidata Dilma Roussef.

Nunca é demais lembrar que o então candidato Ricardo Coutinho se manteve no apoio a Dilma mesmo tendo que assistir o presidente Lula pedir votos na TV para o adversário José Maranhão.

À direção do PT caberia nesse instante uma auto-análise sobre o processo recentemente passado.

É preciso uma auto-crítica para se perceber que houve erro de cálculo e excesso de apego a perspectiva de poder, baseada na caneta mágica do Governo que se finda.

A decisão de ser oposição deveria ser movida por discordância do programa de governo, falta de identidade do PSB e do seu maior líder Ricardo Coutinho com o Governo de Dilma, entre outros eventuais motes. Nunca pelas "companhias" do governador eleito

Recado das urnas – Rodrigo diz que as urnas deram um recado claro que o PT deve ser Oposição. Será que foi esse o recado?

Ou a mensagem do eleitor foi de que o PT na Paraíba não fez a opção mais identificada com o seu perfil?

Por quê a Paraíba decidiu eleger Luiz Couto e derrotar praticamente toda a ala petista aliada ao PMDB?

Qual terá sido realmente o recado do povo ao PT da Paraíba?

A pergunta deve ser feita e respondida por cada petista. Ainda que silenciosamente.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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