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na França

Autor de atentado que deixou decapitado nunca levantou suspeita

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publicado em 29/06/2015 às 08h51
atualizado em 29/06/2015 às 05h52

O autor confesso do atentado ocorrido na sexta-feira (26) na França contra uma fábrica de produtos químicos, Yassin Salhi, não tinha demonstrado problemas de comportamento em suas anteriores visitas para entregar material ao local, que fica próximo a Lyon, segundo informou nesta segunda-feira o diretor do local.

“Em absoluto, nunca tivemos problemas de comportamento com esse senhor”, declarou à imprensa o diretor da fábrica da Air Produts, Jean-Marc Vinic, que ressaltou perante os meios de comunicação que todos os empregados da firma estão “sãos e salvos”.

O responsável para a Europa dessa empresa americana de gases industriais, Ivo Bols, destacou que o lugar conta com “sistemas de segurança muito robustos” e celebrou que “todos os empregados reagiram de maneira muito profissional”.

“Todo mundo, moradores e empregados, estamos muito tristes pelos trágicos eventos que ocorreram”, acrescentou Bols, que indicou que está sendo dado “apoio psicológico às testemunhas”.

Ataque
Salhi foi rendido por um bombeiro na sexta-feira quando abria botijões de acetona na fábrica química. Antes disso, ele teria pendurado a cabeça de seu chefe na empresa em que trabalhava em um muro e a rodeado de cartazes com inscrições muçulmanas.

O suspeito ainda bateu seu veículo contra um armazém onde havia botijões de gás, o que provocou uma grande explosão, que não causou vítimas entre os cerca de 50 empregados da empresa.

O suspeito foi detido e conduzido em um primeiro momento a um hospital de Lyon para ser atendido pelos ferimentos causados pela explosão. Ao ser liberado foi para a polícia em Lyon para ser interrogado.

Em um primeiro momento, Salhi se mostrou pouco cooperativo com os agentes, mas segundo seus advogados nas últimas horas começou a dar detalhes dos atos.

O atentado, o primeiro com uma decapitação registrado na França, levou o Executivo a elevar o nível de alerta antiterrorista na região Ródano-Alpes durante três dias.

Os investigadores franceses estudam uma possível conexão com a Síria. De acordo com os últimos dados disponíveis, pelo menos 473 pessoas que deixaram a França estão nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.

A prisão provisória de Yassin Salhi foi prorrogada, assim como a de sua mulher e de sua irmã, também detidas na sexta-feira. Em casos envolvendo acusações de terrorismo, esse tipo de detenção pode ser estendida por até 96 horas.

G1

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