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Governadores RC e JA

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publicado em 04/01/2011 às 10h35

Não estou entre os mais “jovens há muito tempo”, não! Só recentemente entrei na idade constitucional do idoso, tempo de vida que entendo ainda prematuro para o acesso à “melhor idade”, embora um estatuto brasileiro tenha confundido pessoas ainda com o entusiasmo da juventude (60 anos) como se não o tivessem. Parece não ter considerado os novos tempos que já fazem tramitar no Congresso Nacional uma PEC para elevar de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória.

Isto foi dito para destacar que nestes meus tempos de inicial e/ou razoável compreensão político-administrativa só testemunhei por duas vezes esses extraordinários entusiasmo e esperança do povo paraibano na investidura de seu governador: agora, com Ricardo Coutinho (RC), e em 1966, com João Agripino (JA).

João Agripino saíra de uma campanha em um tempo cuja maior mobilização dava-se pelos comícios nas praças públicas e em que ele chamava a atenção de que queria “uma Paraíba diferente… diferente como seu próprio povo”. E fez um governo diferente, diferente por seu próprio jeito de ser, e não só por ter sido flagrado deitado e dormindo em um banco do aeroporto Castro Pinto enquanto aguardava o avião, mas também, sobretudo, por sua sinceridade direta ao dizer o “sim” ou o “não”. E nisto Ricardo Coutinho muito faz lembrar João Agripino, o JA que antes de ser governador fora deputado federal, senador e ministro de estado (o primeiro das minas e energia do Brasil)… e depois de governador, pelo respeito e reconhecimento ao grande homem público, foi convocado para atuar como ministro do Tribunal de Contas da União!

No sábado passado, quando do primeiro ato alusivo à posse do novo governador Ricardo Coutinho – a celebração ecumênica realizada na Estação Ciência – bem me lembrei do governo João Agripino e mais me lembrei do entusiasmo e esperança do povo por “uma Paraíba diferente”. E esta lembrança fez-se ainda mais forte quando Pastor Estevam Fernandes e Dom Aldo Pagotto conclamaram todos os presentes, no “abraço da paz”, para que cada um dissesse a pelo menos dez outros: “Começa um novo tempo!”.

Naquela celebração ecumênica, antes de fazer a leitura do salmo 100 (… Servi ao Senhor com alegria/ Foi Ele que nos fez, e não nós a nós mesmos/ Entrai pelas portas d´Ele com gratidão…), o governador RC realçou sua formação e convicção com a indiscriminação, inclusive religiosa, como que a reafirmar sua fidelidade ao que logo em seguira seria proclamado e comentado por Dom Aldo e Pastor Estevam relativamente ao sermão das montanhas (… Bem-aventurados os limpos de coração…).

Que as palavras ouvidas e pronunciadas sejam, efetivamente, os caminhos deste novo tempo!
 

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