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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A receita da UFPB

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publicado em 09/01/2011 às 11h29

A Universidade Federal da Paraíba é um dos patrimônios que dá o maior orgulho aos paraibanos pela relevante contribuição educacional e social. Não bastasse cumprir seu papel como instituição qualificada de formação acadêmica, a UFPB toma para si a função de fomentadora de grandes projetos para o Estado.

A entidade está implantando o Instituto de Desenvolvimento da Paraíba com a missão precípua de formatar idéias com potencial capaz de mudar o deprimente quadro social e econômico que atravessamos.

O Instituto reunirá grupos de professores, pesquisadores e técnicos de prefeituras paraibanas e do Governo. Segundo o idealizar do órgão, o objetivo fundamental será pensar a Paraíba desde o meio ambiente até a criação de novas tecnologias.

O Instituto da UFPB funcionará ao lado do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, no campus João Pessoa, num prédio que custará cerca de R$ 6 milhões. Terá no seu bojo três subdivisões: Economia da Paraíba, Políticas Sociais e Educação Pública.

Fruto do reitorado proativo do professor Rômulo Polari, o Instituto será uma espécie de Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) com uma diferença: além de articular projetos, será um laboratório permanente.

E é esse equipamento valioso que Polari está oferecendo e colocando a disposição do governador Ricardo Coutinho (PSB). “Queremos um Governo que nos aborde. A Universidade quer ser procurada. Temos muito a oferecer”, provoca.

Economista respeitado, o reitor da UFPB vê o novo Governo que se inicia com a oportunidade de tomar para si a tarefa urgente e necessária de, em quatro anos, evoluir a economia da Paraíba e fazer com que ela volte pelo menos a ser 4ª maior do Nordeste.

Polari defende a descentralização das riquezas com ações integradas de combate ao esvaziamento do extremo Oeste paraibano, região localizada no Alto Sertão, carente de incentivo ao setor produtivo (Indústria e Agropecuária).

O reitor prega a imediata exploração, no melhor sentido da palavra, das Várzeas de Sousa. Em bom português: as Várzeas precisam produzir e gerar emprego e riqueza no Sertão. Didático e pragmático, Polari sugere uma ida à Petrolina (PE), grande pólo fruticultor do Nordeste, atualmente com economia quase no nível de Campina Grande. “Vamos saber como eles fizeram lá”, aponta o caminho.

O sonho possível de Polari, que deve ser sonhado junto com os paraibanos e abraçado pelo novo Governo, é homogeneizar o crescimento e interiorizar o desenvolvimento. A tese do criador do Instituto de Desenvolvimento da Paraíba, para quem é inadmissível o Estado conviver com um terço do PIB oriundo do dinheiro público, deve ser levada muito a sério. Do jeito que está não dá pra ser feliz, diria o poeta Gonzaguinha.

Esperança – O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) mantém confiança na concessão de uma liminar do Supremo Tribunal Federal para garantir sua posse no Senado, em fevereiro. O tucano também aguarda o julgamento do mérito do recurso extra-ordinário que questiona a aplicação da Lei da Ficha Limpa no seu caso.

Reação – O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), não admitiu ser criticado no seu terreiro. Considerou equivocadas as críticas do governador sobre a gestão de saúde da cidade.

Desinformação – “Quem esperava solução, só escutou um discurso vazio. É hora dele descer do palanque e começar a trabalhar”, revidou Veneziano em referência a visita de Ricardo ao Hospital Regional.

Recado – O deputado Manoel Ludgério (PDT) deu sequência a série de apoios cassistas ao prefeito Luciano Agra (PSB). “É um administrador planejado, discreto e sem espaço para bajuladores”.

Esforço – Bastante oportuna a campanha deflagrada pelo Governo para fazer da Paraíba uma das subsedes da Copa de 2014. A gestão estadual têm que correr para atender as exigências da Fifa.

Alô – Já está na hora do secretário de Cultura, Chico César, adquirir telefone com prefixo da Paraíba. Desde quando assumiu a Funjope, o artista ainda atende pelo código de São Paulo.

Redução sem trauma – O Hospital de Trauma de João Pessoa custa hoje cerca de R$ 5 milhões ao Governo. O novo diretor Edson Neves quer reduzir os custos sem perder a eficiência do atendimento.

Sem perdão – Nem São Sebastião ameniza a rivalidade em Nazarezinho. O prefeito Júnior de Braga (PTB) fará festa pública para concorrer com a do padroeiro, só porque um adversário ajudou a Igreja.

Disposto – Que o PSC quer disputar as Prefeituras das principais da Paraíba todo mundo já sabia. A novidade é o desejo do advogado Edir Mendonça, ex-PSB, ser o candidato em João Pessoa.

Nobre – Registro com regozijo a participação deste colunista no programa Tribuna da Mídia, da TV Máster (canal fechado), apresentado pelo atilado e fidalgo confrade Heraldo Nóbrega.

Entre aspas
“Já estou com vontade de ser Oposição”. Brincadeira de um deputado governista sobre a “seca” de cargos para aliados.

Reprodução do Correio da Paraíba
 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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