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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Rachados

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publicado em 14/01/2011 às 12h26

Atualmente, o filiado mais forte da maioria dos partidos paraibano é a divergência. Ela fincou pé em todas as partes e saiu devastando unidade de propósitos da esquerda (ainda existe?) à direta. Virou bactéria perigosa nas entranhas partidárias.

No ninho tucano, por exemplo, falta de sintonia e o desconforto são nítidos. A ala cassista aguarda apenas a hora mais conveniente para atropelar o senador Cícero Lucena e defenestrá-lo do comando estadual do PSDB.

No PT, a guerra de interesses dos grupos de Rodrigo Soares e Luiz Couto geraram o embrião da discórdia. As fraturas continuam expostas, em que pese o armistício declarado por ambos nesta semana.

É desnecessário dizer que o PSB do governador Ricardo Coutinho experimenta divisão. Praticamente todos os prefeitos socialistas destoaram da orientação partidária. São antagônicos ao líder maior e mais cedo ou mais tarde mudarão de rumo.

Até o DEM, gerenciado pela mão de ferro do senador Efraim Morais, não escapou. Quatro deputados democratas recusam voto no companheiro de bancada Lindolfo Pires na disputa pela sucessão da Assembléia. Ao que tudo indica, não será dessa vez que a voz grave de Efraim Morais imporá consenso.

Nem mesmo o PMDB, sob o domínio do ex-governador José Maranhão, fugiu à regra. Se não bastassem as dissidências, a convivência do núcleo maranhista já não é a mesma com a família Vital, também chateada por interpretar como injustas as críticas sobre o desempenho eleitoral do PMDB em Campina Grande.

Incêndio no canavial – O Instituto Opinião, de Campina Grande, foi contratado pela agência Stratégia para realizar pesquisa de opinião pública em Santa Rita. A sondagem servirá para conhecer o candidato mais viável da Oposição. Adonis Júnior, Reginaldo Pereira e Ednaldo Edelícia estão entre as opções. O difícil será conciliar a vaidade dos prefeitáveis.

Noutra – O vereador Fernando Carvalho (PMDB) comunicou ao prefeito, Veneziano Vital (PMDB), desinteresse no cargo de chefe de gabinete. Lembrou que ficaria pouco tempo na pasta porque disputará em 2012.

Ciúme – Causou certo embaraço na base aliada da Câmara a nomeação da secretária de Saúde, Tatiana Medeiros, mãe do vereador Cassiano Pascoal (PSL). Alguns colegas temem excesso de atenção de mãe pra filho.

Na fila – Daniella Ribeiro (PP) nem renunciou e dois suplentes já brigam pela vaga dela na Câmara campinense. Miguel da Construção (PP) e João Dantas (PTN) estão em pé de guerra pela vaga da nova deputada.

Na fila II – O presidente do PP, Enivaldo Ribeiro, entrou com mandado de segurança para garantir a posse de Miguel, suplente do partido. Por outro lado, o presidente do PTN, Fábio Medeiros, defende o direito da coligação.

Fogueira santa – Em João Pessoa, o suplente do PSB padre Adelino prepara ação judicial para barrar a posse do 1º suplente da coligação, pastor Edmilson (PRB). Os dois religiosos duelam pela cadeira vaga de Edmilson Soares (PSB).

Pré-candidato – O ministro classista Fernando Vilar, já aposentado, sonha em fazer política na sua terra natal. Confessou recentemente a amigos desejo de disputar a prefeitura da cidade de Taperoá, no cariri. Ele é filiado ao PR.

Efeito colateral – Parece até praga. Quem fez oposição ferrenha a Ricardo Coutinho caiu em desgraça na política. A lista é extensa: Severino Paiva, Barreto, Nadja Palitot, Dinho, João Almeida… Marcolino vai escapando.

Catuaba – O Ministério Público Federal não dá sossego a Daniel da Coroa, de Patos. O MPF desta vez emitiu parecer pela condenação de mais dois dos 83 envolvidos no esquema de sonegação do Engarrafamento Coroa.

Sem ônus – Nada melhor do que economizar. O superintendente do Detran, Rodrigo Carvalho, negociou e o órgão deixará de pagar R$ 40 mil por ano pelo aluguel do posto do Shopping do Automóvel, na BR-230.

Trocadilho – Saiu no Telefone Sem Fio, do Correio Debate (rádio). O excesso de aparição do adjunto Sargento Dênis deixa o secretário de Administração Penitenciária uma “formiguinha” (apelido do secretário José Alves Formiga).

Problema doméstico – O deputado Lindolfo Pires (DEM) tenta reagir, mas a decisão até então unânime de seus colegas de partido em torno de Ricardo Marcelo (PSDB) não é um bom cartão de apresentação para atrair outras bancadas.

Telefonema – Comentário entre os cassistas. O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) manteve ontem demorada conversa telefônica com renomado eleitoralista. Do outro lado da linha, uma esperança de salvação.

Entre aspas “Aproximar as convergências e diminuir as divergências”. Frase elaborada pelo presidente do PT, Rodrigo Soares, endereçada ao deputado Luiz Couto, professor de Filosofia da UFPB.
 

Reprodução do Correio da Paraíba

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