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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Xeque mate

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publicado em 15/01/2011 às 10h24

O deputado Ricardo Marcelo (PSDB) tem um peso acima da média, mas ninguém pode negar que na corrida pela sucessão da Mesa Diretora da Assembléia ele tem se comportado como atleta veloz e focado na vitória.

Foi o que se viu ontem na reunião que praticamente sacramentou a reeleição do presidente da Casa. A presença de 24 deputados (incluindo representantes) no almoço em hotel da orla e os telefonemas de outros quatro parlamentares ausentes cimentou uma coluna de alta resistência ao alicerce do tucano.

Ricardo Marcelo aglutinou no seu bloco de sustentação oito partidos (DEM, PSDB, PSC, PMDB, PT, PPS, PR, PP), o voto sintomático do deputado eleito Edmilson Soares (PSB), candidato a vice-presidente na chapa, e a presença do PSL, via Aníbal Marcolino.

Usou estratégia fulminante no exato momento no qual o seu adversário Lindolfo Pires (DEM) dava sinais de reação a altura, aproveitando a aparente indefinição de algumas peças no tabuleiro.

A jogada de Ricardo Marcelo deixou Lindolfo mais ou menos na posição de “rei” atacado no xadrez. Ficou neutralizado e impedido de movimentar-se. O sousense só terá chance se for capaz de mexer milagrosamente nas peças. Do contrário, não escapará do desenhado xeque-mate.

Mão estendida – O deputado Ricardo Marcelo não veste a carapuça de candidato da oposição e centra o discurso acima das disputas político-partidárias. Aproveitou ontem para emitir novo recado na direção do governador Ricardo Coutinho (PSB). “Estou de alma e coração aberto. Quero ajudar o governador a promover o desenvolvimento da Paraíba”.

Anquilossauro – Assim como as pegadas do Vale dos Dinossauros, o deputado Lindolfo Pires resiste aos estragos provocados pelo asteróide Green e manda dizer aos sobreviventes: “A eleição não foi hoje e ainda não acabou”.

Padrinhos – Os novos deputados Caio Roberto (PR) e Daniella Ribeiro (PP) estiveram em companhia familiar no encontro do Verde Green. Wellington Roberto acompanhou o filho e Aguinaldo Ribeiro a irmã.

Bastidores – Em horários distintos, três bancadas chegaram em bloco na reunião de apoio ao deputado Ricardo Marcelo. Os deputados do DEM, PMDB e PSC entraram no hotel em grupo.

Ausente – O deputado João Gonçalves (PSDB) não apareceu no encontro de Ricardo Marcelo. Houve quem perguntasse se a ausência já seria efeito da reunião esta semana com o governador.

Nocaute democrata – Branco Mendes prega o rodízio. Zé Aldemir diz que o governador se “renderá a maioria”. Domiciano Cabral sentenciou: “Não tem mais como voltarmos atrás”. Emblemático.

Cessar fogo – Crítico ferrenho do então candidato Ricardo Coutinho na campanha, Wellington Roberto (PR) baixou as armas. “Não vou olhar pelo retrovisor. Não serei radical”, prometeu.

Sem pressa – Em contato com a coluna, o deputado eleito Aníbal Marcolino negou que esteja pleiteando a liderança da Oposição. A preocupação atual é com eleição da Mesa Diretora.

Nem conversa – Josevaldo Aves (PSDB), renunciante prefeito de Natuba, não quer saber de entrevistas. Por meio da ex-primeira-dama, bem ao estilo Fábio Júnior ele pediu a um repórter: “Esqueça”.

Não gostou – O vice-prefeito José Luiz (PSC) ficou chateado com o deputado Marcondes Gadelha, que lançou Guilherme Almeida (PSC) a prefeito de Campina. É contra imposição de candidatura.

Jejum verbal – A evangélica Daniella Ribeiro (PP) desconversou ontem sobre especulações em torno de seu nome para prefeitura da Rainha da Borborema e se valeu da Bíblia: “Tudo tem seu tempo”.

Coincidência? – O encontro de hoje do governador com prefeitos do cariri foi transferido de Monteiro para Ouro Velho. A prefeita Edna viajou e João Henrique está insatisfeito com a falta de cargos.

Cedo – Romero Rodrigues (PSDB) herdou o espólio de Rômulo Gouveia, mas nem por isso concorda com todas as teses do gordinho. Acha muito precoce o apoio tucano a Luciano Agra.

Entre aspas
“Queremos colaborar. Isso não é adesão, é maturidade”. Do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) no auge do seu espírito altruísta em relação ao Governo Ricardo.

Reprodução do Correio da Paraiba

 

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