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Walter Ulysses é chef formado no Curso de Gastronomia no antigo Lynaldo Cavalcante em (João Pessoa) e tem Especialização e Mestrado na Le Scuole di Cucina di Madrid. Já atuou em restaurantes de diversos países do mundo, a exemplo da Espanha, Itália e Holanda. Foi apresentador de programas gastronômicos em emissoras de TV e rádio locais e hoje atua como chef executivo na parte de consultorias.

Forró e sua história

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publicado em 16/06/2015 às 18h28

Forró é um ritmo típico da Região Nordeste e é muito conhecido pelos brasileiros. Ela é dançada com mais frequencia nas festas juninas e outros eventos dos nordestinos. Diante da imprecisão do termo, é geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais do Nordeste, como baião, a quadrilha, o xaxado, que têm influências holandesas. Já o xote tem influência portuguesa. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela, fobó.

O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem europeia a chula, denominada pelos nordestinos simplesmente “forró”, xote e variedades de polcas europeias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. A dança do forró tem influência direta das danças de salão europeias, como evidencia nossa história de colonização e invasões europeias.

Além do forró tradicional, denominado pé-de-serra, existem outras variações, tais como o forró eletrônico ou forró de plástico, vertente estilizada e pós-modernizada do forró, surgida no início da década de 90, que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 90, que é uma especie de revitalização do forró tradicional, que eventualmente acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal característica os três passos básicos, sendo um deles o “dois para lá, dois para cá”, que veio da polca.

Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Santa Luzia (a cidade que ensinou os paraibanos a dançar forró), Patos, Cajazeiras, Mossoró e Juazeiro do Norte, aue sediam as maiores festa de São João do país. Já nas capitais, João Pessoa, Aracaju, Fortaleza, Natal, Maceió, Recife, e Teresina, são tradicionais nas quadrilhas juninas e festivais de letras de forró, pois as festas mesmo de forró só nas cidades do interior. Nas Capitais só em eventos privados.

Há uma lenda que diz: Forró vem de duas palavras da língua inglesa: For + Hall, literalmente traduzidas por “Para” + “Todos”. A história desta palavra diz que os nobres, nos tempos do Brasil Imperial, faziam grandes festas para a elite da sociedade, das quais os mais humildes não podiam participar. Um dia um inglês vivendo no Brasil, resolveu então fazer uma festa “Para todos”: “for hall.

Os participantes acabaram por trazer a pronuncia do inglês “For Hall” para “FóRal”, e daí para “Forró” foi só uma questão de tempo. Forró é, pois, uma “Festa ou Baile Popular”.

Exemplo do uso da palavra Forró:

Vou ao “forró” na casa do seu João: “vou a um baile popular na casa do seu João” ou “vou a uma festa popular na casa do seu João”. Vou a uma festa ou a um baile que não é só para a elite, mas para todo o povo. O importante é curte e dançar o forró com bastante alegria e paz.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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