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CRM determina fechamento de hospital e maternidade

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publicado em 10/09/2014 às 14h04

Após inspeção do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), o Hospital e Maternidade Municipal da cidade de Cabedelo será fechado a partir da zero hora desta quinta-feira (11). A informação foi divulgada no programa Correio Debate, da 98 FM de João Pessoa, desta quarta-feira (10).

Segundo a reportagem, na manhã de hoje, três médicos do hospital também registraram queixa na delegacia da cidade alegando que não tinha condições de trabalho. Eles citaram o mofo, infiltrações, material para curativo molhado, goteiras, alagamentos, esgoto aberto, como os principais problemas da casa de saúde.

Uma grávida de sete meses conversou com a reportagem e disse que estava há três dias perdendo liquido amniótico e tentando atendimento no hospital sem êxito.

Em contato com a reportagem, o prefeito de Cabedelo, Leto Viana, admitiu os problemas do hospital, mas culpou as administrações passadas. Leto ressaltou que assumiu a prefeitura há oito meses e firmou acordo com o Ministério Público Estadual para reformar a unidade de saúde, mas, segundo ele, o “princípio da legalidade atrapalha a eficiência, e muitas obras não podem ser aceleradas”.

Leto disse também ser favorável a investigações do MPPB para “que depois seja mostrado quem são os verdadeiros gestores culpados pela situação caótica do hospital”.

“Peguei uma cidade atípica, com a renúncia do prefeito. Tinha outro gestor que passou oito anos consecutivos na prefeitura aí eu me deparei com um hospital destruído, prejudicado. É impossível dentro da legalidade reestabelecer o hospital sem as licitações públicas. Independente da reforma que a agente tá fazendo o hospital está prejudicado no total. A gente tem que fazer ele total e apurar de qual prefeito foi à responsabilidade”, afirmou.

“Se a responsabilidade for de Leto entre com uma ação civil pública. Há 20 anos este hospital está assim, eu tenho apenas oito mês como prefeito. Houve irresponsabilidade e ingerência de prefeitos. Como poderia resolver em cinco minutos um problema de 20 anos”, indagou.

MaisPB

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