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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Reagir, não!

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publicado em 01/02/2011 às 09h07

Sobre a manifestação via e-mail de Joaquim P. Martins, na coluna de sábado, o coordenador do MovPaz, Almir Laureano, aciona este espaço para discordar do ponto de vista do leitor, que considerou a Lei do Desarmamento benéfica para ação dos marginais em detrimento da falta de “proteção” do cidadão de bem.

Almir, colaborador assíduo da coluna desde a titularidade do mestre Rubens Nóbrega, entende ser melhor o bandido ter a certeza de que estamos desarmados. “A abordagem poderá ser diferente da forma que é atualmente, ele poderá atirar primeiro e certamente fará isto”.

Se o marginal atuar com a convicção de que todas suas vítimas podem reagir, alerta Almir, a abordagem seria substituída logo pela ação contundente do uso de arma de fogo. “O modo de nos abordar, assaltar, poderá ser totalmente fatal, já na abordagem, diferente do que hoje ainda é praticado”.

O coordenador do MovPaz empresta à coluna dados científicos que referendam seu pensamento. Quem reage, tem 67% de chances de morrer. “Se um cidadão alcançou o sucesso quando reagiu e isso sim é uma raridade, é uma exceção e não vale a pena ser incentivado a colocar sua vida em risco através da reação”, apela.

Em defesa do Estatuto do Desarmamento, implantando em 2003, Almir nos fornece números do Ministério da Saúde. Os dados mostram que da implantação do Estatuto até 2006 houve redução das taxas de mortes por armas de fogo. A taxa caiu de 21,7 para 17,0 por cada 100 mil habitantes. Mais de 12 mil homicídios foram evitados.

Para finalizar, nosso ilustre colaborado convida os paraibanos a uma profunda reflexão sobre a violência no nosso Estado. Ele prega ações de combate qualificado e inteligente contra a criminalidade, associados a medidas de prevenção e programas sociais de grande alcance. Tem razão em todos os pontos da lúcida intervenção.

Contra-ofensiva – O ex-governador José Maranhão (PMDB) solicitou a ex-auxiliares subsídios para rebater as acusações de ter colocado o Estado em ruínas. Ele aguarda a publicação do balancete de dezembro para ter números mais exatos. A revelação foi feita ontem pelo presidente do PMDB, Antônio Souza, no Correio Debate (rádio).

Aposta – Maranhão deve decidir ainda esta semana se aceitará a vice-presidência das Loterias da Caixa Econômica Federal, espaço oferecido no Governo Dilma. Depois do “azar” da última eleição, quem sabe o cargo não traga melhor sorte.

Duodécimo – O presidente do TCE, Fernando Catão, vai sugerir na reunião da Comissão Interpoderes, dia 14, a recuperação dos percentuais dos poderes no Orçamento, vetados pela gestão anterior.

Efeitos das chuvas – São José de Caiana está isolada das cidades do Vale do Piancó. A ponte que liga o município a Itaporanga e Serra Grande ruiu. O acesso foi interditado para veículos e pedestres.

Verdes pastos – A alma do pastor Edmilson (PRB) fica refrigerada por saber que o PSB não fará nada em defesa do filiado e suplente padre Adelino. “Ele vai brigar sozinho”, profetiza o pastor.

Maturidade – O ex-governador Cássio Cunha Lima e o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, dão lição de civilidade ao abrirem diálogo pela instalação da AACD em Campina.

Serenidade – O deputado Wellington Roberto prometeu ontem que o PR não fará oposição radical e até liberou adesão de João dos Santos a Agra. Sepultou a postura anti-Ricardo da campanha.

Pela unidade – O deputado Anísio Maia não quer saber de brigas. Prega a paz no PT, se diz contra qualquer processo de caça às bruxas contra dissidentes e crê na superação do estágio de guerra.

Retrovisor – “A gente parece que continua vivendo em 2010. A receita de olhar pra frente é a mais rápida de ser chegar ao bem estar do povo paraibano”. Recado do deputado Luciano Cartaxo (PT).

Conformados – Apesar da torcida pelo deputado Lindolfo Pires (DEM), o prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PTB), não crê que o insucesso do aliado seja motivo para abalo na relação com o governador.

Ideologia – “Minha aliança com Ricardo é ideológica. Acredito muito nesse Governo”, disse Tyrone, que via na eleição de Lindolfo na presidência da AL uma compensação ao Sertão.

Elogio – Se não teve o apoio dos colegas de bancada na disputa da Mesa, Lindolfo pode ganhar a torcida pela liderança do Governo. “Ele tem todas as qualidades necessárias”, elogiou Branco Mendes.

Entre aspas “Tem gente por aí falando muita asneira”. Do presidente do PMDB, Antônio Souza, defendendo Maranhão das acusações de ‘estouro’ dos cofres do Estado.

Reprodução do Correio da Paraíba
 

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