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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Merece investigação

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publicado em 23/02/2011 às 10h12

A fonte da denúncia não tem lá tanta credibilidade, porque assumidamente aceitou fazer parte de um suposto esquema de cooptação. No entanto, a denúncia do explosivo deputado Tião Gomes (PSL) merece atenção e deve ser passada a limpo, até para preservação da imagem dos envolvidos.

De acordo com Tião Gomes, o Governo Maranhão III premiava os deputados da base com R$ 300 mil em gratificações para parentes e apadrinhados políticos, como cota para o apoio e voto no plenário da Assembléia. Ainda segundo Tião, cerca de 200 pessoas ganhavam em torno de R$ 1,5 milhão em gratificações.

A denúncia do parlamentar foi prontamente rebatida pelo ex-líder do Governo, Gervásio Filho (PMDB), para quem as acusações configuram uma tentativa de desviar o foco do debate das demissões em massa de pro tempore e prestadores de serviços. “Essa estratégia de denunciar sem provas não convence”, revidou Gervasinho.

Já o deputado Aníbal Marcolino (PSL) foi feliz ao enveredar no debate. Aprovou a sugestão da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as insinuações, mas solicitou que as investigações sejam extensivas aos Governos Cássio II, Maranhão III e aos dois meses da gestão Ricardo Coutinho.
Se for pra investigar, que se apure tudo e em profundidade. Aníbal deve ter lembrado que muitos parlamentares “cassistas” viraram “maranhistas”. Ou seja, não descarta a hipótese do “mensalão” desde o ano de 2007, em plena Era Cássio.

O estopim queimado hoje por Tião soma-se a denúncia feita por Gilberto Carneiro semana passada. De acordo com o secretário de Administração, deputados tinham parentes no Governo com salários de até R$ 13 mil. Faltou citar os nomes.

As suspeitas são graves e já suficientes para despertar o interesse do Ministério Público. O que não pode é todo mundo fingir que a história não corre solta. Uma apuração séria serviria ao menos para desmentir e desmoralizar os denunciantes.

Jackson Barreto, a torcida e a reprovação – O vice-governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), esqueceu a filiação partidária ao cumprimentar o governador Ricardo Coutinho (PSB), manifestar torcida pelo êxito do novo mandatário da Paraíba e expressar que, apesar de ser do mesmo partido, discorda da forma como o ex-governador José Maranhão deixou o Estado.

Veneziano defende reserva de recursos – O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), defendeu ontem a volta da CPMF. Ele considera que o fim do imposto foi uma posição equivocada da Oposição ao Governo Lula e defendeu a reserva de recursos para a Saúde.

A falta de luz no PRP – Na volta aos trabalhos, o presidente da Câmara de Campina, Nelson Filho (PRP) até se colocou a disposição para trabalhar em harmonia com o Executivo, mas deixou claro que está em completa desarmonia com a presidente do PRP, Maria da Luz.

Passado e presente – O vereador Tavinho Santos (PTB), na sessão da Câmara, reclamou da falta de obras estruturantes em João Pessoa. “Há um ano o discurso de Tavinho era diferente”, rebateu Jorge Camilo (PT).

Não passou… – O deputado Branco Mendes (DEM) foi na jugular do colega Caio Roberto (PR), que se disse arrependido de ter votado no democrata para a primeira secretaria por conta de manobras.

…Em branco – “Ele ainda não conhece o caminho da tribuna. Não tem o cheiro do povo. É um menino”, emendou, insinuando que Caio só chegou à Casa por causa do pai Wellington Roberto.

Talibãs – O PSL é pequeno para incendiários do naipe de Tião Gomes e Aníbal Marcolino. Tião incluiu o nome do colega no bloco governista anexando à indicação um referendo da executiva nacional.

Explosão – Foi o suficiente para Aníbal explodir: “Não vou aceitar interferências no meu mandato”, disse Marcolino, que já pediu ao presidente Ricardo Marcelo para desconsiderar a indicação.

Jogo limpo – O vereador Fernando Milanez (PMDB) deu o tom. Disputará o direito de ser candidato a prefeito da Capital e não aceitará “jogo de cartas marcadas”. Recado com endereço certo.

Hervázio vai – Com a oficialização da licença de Manoel Ludgério (PDT) para o Governo, o vereador Hervázio Bezerra (PSDB) deve fazer discurso de despedida da Câmara de João Pessoa hoje.

Trânsito – Após assinar convênio de cooperação técnica com o BID, o prefeito Luciano Agra anunciou, em entrevista ao Balanço Geral (rádio Correio FM), intervenções de impacto em março.

Retrovisor – Na tribuna da Câmara Federal, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) condenou a “política do retrovisor” adotada pelo governador Ricardo Coutinho e cobrou ações e obras no Estado.

Pressa – Logo após a confirmação da decisão judicial da 7ª Vara da Capital, máquinas da Prefeitura de João Pessoa ocuparam rapidamente o Aeroclube da Paraíba para garantir a posse.

PINGO QUENTE“O programa habitacional mudou de nome no governo da Dilma: Minha Casa, Minha Dí-Vida”. Do deputado Efraim Filho, ironizando as mudanças das regras do programa idealizado por Dilma Roussef.
 

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